Começou ontem a inscrição para as chapas que disputarão os cargos de reitor e vice-reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O prazo vai até amanhã. Já na quinta-feira, inicia-se a campanha para a escolha dos nomes que vão gerir os destinos da universidade nos próximos quatro anos. Três chapas deverão concorrer, dentre elas a chapa integrada pelas professoras Terezinha Domiciano e Mônica Nóbrega, eleitas no último processo eleitoral, mas que não foram nomeadas pelo ex-presidente.
“A nossa candidatura é um ato de afirmação da democracia e autonomia universitárias”, destaca Terezinha Domiciano, ao relembrar que a luta pela restauração dessa candidatura não nasceu nesse período de pré-campanha e campanha eleitoral, mas fruto de manifestações coletivas, dentro e fora da instituição, que começaram no primeiro dia do mandato do reitor Valdiney Gouveia e foram se ampliando ao longo dos quatro anos de gestão.
A campanha eleitoral acontece até o dia 24 de abril, encerrando-se um dia antes da eleição, que será em 25 de abril. A divulgação do resultado acontece no mesmo dia e, em 12 de junho, acontece a reunião do “Conselhão”, formado pelo Consuni, Consepe (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão) e Conselho Curador, que vai decidir a lista tríplice que será encomendada ao Ministério da Educação para escolha presidencial.
Três etapas
A escolha dos novos gestores da UFPB acontece em três etapas. A primeira é a consulta pública à comunidade acadêmica, com os votos dos professores, estudantes e servidores técnico-administrativos.
Os três primeiros colocados formam uma lista que vai para apreciação na reunião do “Conselhão”, formado pelo Consuni, Consepe (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão) e Conselho Curador – todos com representantes eleitos e formados pelas três categorias (professores, funcionários e estudantes). Após essa eleição, que é secreta, forma-se a lista tríplice que é encaminhada para escolha do presidente da República, que é quem irá decidir o novo reitor da instituição.
Tradicionalmente, o presidente da República sempre escolheu o nome mais votado nas etapas anteriores, respeitando a vontade democrática na Universidade. A exceção foi na última eleição, quando o nome menos votado foi o escolhido para gerenciar a maior instituição de ensino da Paraíba.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 02 de março de 2024.