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Justiça Federal conclui reforma em fórum de João Pessoa

publicado: 28/03/2025 10h23, última modificação: 28/03/2025 11h53
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A Biblioteca da JFPB agora tem um memorial que está aberto à visitação pública | Foto: João Pedrosa

por Marcelo Lima*

O Fórum Ridalvo Costa, da Justiça Federal na Paraíba (JFPB), teve, ontem, a reinauguração de ambientes que foram reformados. Auditório, sala de perícias, guaritas, banheiros, biblioteca e memorial foram renovados com a obra. Além disso, novas rampas, sinalização e piso tátil ampliaram a acessibilidade do prédio, localizado no Bairro dos Estados, em João Pessoa.

O diretor da JFPB, o juiz federal Manuel Maia, disse que essa segunda etapa de reformas ocorreu em diversos prédios da seção judiciária federal paraibana. “Foram reformados praticamente todos os prédios ou feita manutenção, no total de R$ 8 milhões”, informou Maia.

Com capacidade para acomodar 44 pessoas sentadas, a sala de perícias foi um dos espaços reformados que deve fazer a diferença no atendimento ao cidadão e no seu acolhimento. “A sala de perícia acomoda pessoas muito carentes, que buscam benefícios por incapacidade, porque a ação contra o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] é na Justiça Federal. Lá, a gente montou uma brinquedoteca, tem lanche, tem conforto para quem vem usar”, descreveu.

A reforma priorizou a jornada do cidadão jurisdicionado no prédio desde o início do atendimento. “A gente também melhorou a chegada das pessoas. Na entrada do prédio, as pessoas não ficam esperando ser cadastradas no calor. Então, tudo foi pensado no cidadão”, acrescentou Maia.

Voltado para a saúde e o bem-estar do servidor público da JFPB, o Espaço Ser foi requalificado. O ambiente possui consultório médico, odontológico, de repouso e fisioterapia. “Para servir bem ao público precisa de saúde. Aí, a gente modificou o ambiente com médico, com psicólogo, porque quem trabalha na Justiça precisa de saúde mental e saúde física”, comentou o diretor. 

Memorial

A Biblioteca da JFPB agora tem um memorial. Aberto à visitação pública, o espaço expõe um acervo que conta episódios importantes da história da JFPB e da própria sociedade paraibana.

O presidente da Comissão de Gestão da Memória da JFPB, Rudival Gama, aponta o processo de indenização às famílias das vítimas do naufrágio ocorrido na Lagoa do Parque Solon de Lucena, em 1975, como uma das peças mais importantes do acervo. O memorial não destaca apenas o processo, mas a repercussão nacional das 35 mortes no Centro de João Pessoa.

Os visitantes também encontrarão antigos instrumentos de trabalho, como máquinas de escrever, mimeógrafos e até orelhões — telefones públicos distribuídos pelas ruas até o início do século. “Os servidores formavam fila para fazer ligação no orelhão com fichas”, contou Rudival Gama.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 28 de março de 2025.