Os advogados de defesa de Lauremília Lucena e de Dinho Dowsley solicitaram à Justiça a revogação das medidas cautelares impostas a ambos nas últimas semanas. O pedido foi feito no domingo e aguarda a análise do Ministério Público Eleitoral, estando sob a responsabilidade do promotor da 64a Zona Eleitoral, Leonardo Pereira de Assis.
Tanto o presidente da Câmara de Vereadores de João Pessoa como a primeira-dama da capital são investigados pela possível influência de uma organização criminosa nas eleições municipais. As medidas cautelares que ambos cumprem são: uso de tornozeleira eletrônica; proibição de frequentar os bairros Alto do Mateus e São José; recolhimento domiciliar entre as 20h e as 6h; proibição de se ausentar da comarca por mais de oito dias, sem aviso prévio; impedimento de manter contato com outros investigados. Além disso, Lauremília também não pode comparecer a órgãos públicos.
Segundo Gustavo Botto, advogado da primeira-dama, o pedido de revogação se justifica pelo fim das eleições. “Todas as medidas foram fundamentadas em uma suposta influência que Lauremília tinha no pleito eleitoral. Então, uma vez acabado o pleito, no domingo, não se sustenta mais qualquer argumentação. E acreditamos que a resposta vai ser positiva; mas, caso demore ou não haja um posicionamento da primeira instância, ainda podemos entrar com novas solicitações, como um habeas corpus”, afirma.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 31 de outubro de 2024.