A instalação de câmeras de segurança, o aumento do efetivo da Guarda Civil Municipal e o acionamento da equipe de inteligência da Secretaria de Segurança de João Pessoa são algumas providências que estão sendo tomadas pela prefeitura da capital, após o furto de um papagaio e uma arara-vermelha no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), ocorrido na manhã do último domingo (29). O caso está sendo investigado pela Polícia Civil da Paraíba (PCPB), por meio da Delegacia de Crimes contra o Meio Ambiente.
Em entrevista a uma radiodifusora local, o secretário do Meio Ambiente de João Pessoa, Welison Silveira, também afirmou que a gestão municipal conta com a colaboração da população para que esses animais retornem à Bica. “As pessoas podem ajudar, trazendo informações por meio de feiras de troca e de comercialização. Afinal de contas, não é comum ter um animal silvestre sendo comercializado. O suspeito dessas ações faz isso buscando algum tipo de renda”, afirmou o titular da Secretaria do Meio Ambiente (Semam), ressaltando que o parque não compra animais silvestres, mas acolhe aqueles que não podem ser devolvidos à natureza. “Recebemos aqueles que, muitas vezes, são frutos de tráfico ou sofreram alguma mutilação. Eles ficam no Centro de Triagem de Animais Silvestres [Cetas], em processo de reabilitação. Quando possível, retornam à natureza”, explicou Welison Silveira.
Na mesma entrevista, o secretário do Meio Ambiente informou ainda que a Bica é um dos equipamentos públicos contemplados pelo Programa João Pessoa Sustentável, que reúne investimentos de mais de R$ 200 milhões, obtidos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Foi concluída a primeira fase do plano de gestão [da Bica], que prevê a modernização do local. Estamos na fase de execução, que é aquisição de novos equipamentos”, revelou Welison.
Caso em 2022
Essa não é a primeira vez que o Parque Zoobotânico Arruda Câmara é alvo de ocorrências desse tipo. Em setembro de 2022, 13 aves silvestres foram roubadas do espaço. Conforme os registros oficiais sobre o caso, os criminosos teriam cortado a tela do recinto onde estavam esses animais e cometeram o furto, levando espécimes como um papagaio-moleiro, dois maracanãs-verdadeiros, dois sabiás-cinzentos e um periquito-maracanã.
Vender, comprar ou comercializar animais silvestres é considerado um crime ambiental, e essa categoria de tráfico é passível de pena de seis meses a um ano de detenção, além de infrações administrativas e multas.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 1° de julho de 2025.