A partir de amanhã, as riquezas artesanais produzidas no estado estarão à exposição do público no 39o Salão do Artesanato Paraibano, que ocorrerá até o dia 2 de fevereiro, no estacionamento do Hotel Tambaú, na orla de João Pessoa. Trazendo como tema “Qual o seu papel?”, essa edição do evento, promovido pelo Governo do Estado, em parceria com o Sebrae-PB, homenageará sete artesãos locais que trabalham com técnicas de papietagem e papel machê.
Com luminárias, bonecos gigantes e design em relevo, o Salão contará com cenografia elaborada pelo artista paraibano Sérgio Matos, arquitetura de Gustavo Vaz e supervisão de Marielza Rodriguez, gestora do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP) — que esteve entre os participantes da solenidade de lançamento do evento, ocorrida ontem. Na ocasião, Marielza destacou a importância do projeto para a divulgação e o fomento à cultura na Paraíba. “Essa iniciativa faz parte da nossa preocupação com a permanente inovação na arte, além de atrair clientes e fomentar o turismo da nossa região”, frisou, acrescentando que a megaestrutura montada para o evento ainda oferecerá, diariamente, atrações musicais e iguarias da gastronomia regional.
“Nesta edição, 546 expositores de toda a Paraíba estarão aqui. Então, aquele turista que vier para João Pessoa vai poder viver um pouquinho de cada lugar do estado, só vindo para cá”, continuou a gestora do PAP, que estima um público de mais de 100 mil pessoas e um volume de vendas superior a R$ 4 milhões até o último dia do Salão. “Falo que é o valor vendido in loco, porque o artesão se beneficia, o ano inteiro, com encomendas e contatos que faz a partir dessa troca”, pontuou Marielza.
Também presente na solenidade, a primeira-dama do estado e presidente de honra do PAP, Ana Maria Lins, frisou que, a cada ano, o Salão busca se superar em números e tamanho — a 39a edição, aliás, terá o maior espaço utilizado até agora, com mais de 6 mil m². “Eu me sinto muito feliz em ajudar o artesanato daqui a crescer. A gente sabe que, neste ano, João Pessoa está ‘bombando’, como se usa na expressão mais popular, e, com isso, a cada ano, a gente vê como o evento vem crescendo, em consonância com o turismo e a cultura do nosso estado”, observou Ana Maria.
Além de um ambiente mais amplo, as novidades do Salão incluem o Prêmio de Excelência Artesanal, proposto pelo Laboratório de Inovação e Design para o Artesanato Competitivo (Labin). O projeto concederá a 10 peças artesanais selecionadas, entre todas as tipologias, com o selo de Excelência Artesanal, considerando requisitos como acabamento e sustentabilidade. “O prêmio também vai ser divulgado dentro do Salão, o que expressa nossa preocupação com a permanente inovação dos produtos para atrair o cliente”, comentou Marielza.
A entrada para o evento, que abrirá para visitações das 16h às 22h, durante todos os dias, será gratuita, mas os visitantes poderão levar 1 kg de alimento não perecível, que será coletado pelos organizadores e doado à população em situação de vulnerabilidade.
Evento contará com cobertura ao vivo
Organizado duas vezes por ano — na capital, em janeiro, e em Campina Grande, em junho —, o Salão do Artesanato Paraibano conta com diversas parcerias. Assim como o Sebrae-PB, instituições como o Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), a Junta Comercial da Paraíba (Jucep), a Secretaria de Estado da Diversidade Humana (Semdh) e a Empresa Paraibana de Comunicação (EPC) farão parte do evento, inclusive, com a presença de estandes personalizados.
“É fundamental participar dessas ações culturais e, principalmente, manter a nossa prática de comunicação estendida, ou seja: saímos dos estúdios e vamos aos eventos pessoalmente, com nossa equipe, para criar conteúdo exclusivo”, avaliou Naná Garcez, diretora-presidente da EPC, que repercutirá os destaques do Salão em seus canais de mídia e, especialmente, por meio do programa Tabajara no Salão, transmitido ao vivo da sede do evento. “Como emissora oficial, temos muito o que oferecer aos ouvintes, que poderão nos sintonizar na 105.5 FM, a Tabajara, ou na 103.9 FM, a Parahyba”, completou.
Já Lídia Moura, titular da Semdh, enfatizou a importância das mulheres para o artesanato paraibano — e o que esse mercado representa para muitas delas: “Temos muito orgulho do Salão, do qual 80% dos expositores são mulheres. Como é um fator de geração de riqueza e renda, o evento pode tirar muitas mulheres do ciclo de violência”. Além de distribuir panfletos com dados sobre o combate ao racismo, à LGBTfobia e aos preconceitos com populações vulneráveis, o estande da secretaria mobilizará, durante o Salão, pessoas capacitadas para acolher e orientar mulheres que necessitem de ajuda em casos de violência.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 09 de janeiro de 2025.