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no hemocentro da PB

Campanha busca atrair doadores

publicado: 09/02/2024 08h44, última modificação: 09/02/2024 08h44
Estoques de sangue, sobretudo RH negativo, estão baixos no estado. Campanha Hemofilia tenta sensibilizar população
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População que for doar deve ficar atenta à mudança no atendimento do Hemocentro no Carnaval - Foto: Edson Matos

por Sara Gomes*

Os estoques de sangue continuam baixos, principalmente os Rh negativos (RH-). Para repor os estoques, o Hemocentro da Paraíba, localizado em João Pessoa, realiza a campanha Hemofolia. O objetivo é sensibilizar a população a fazer sua doação antes de brincar o carnaval. De segunda até Quarta-Feira de Cinzas (14) o funcionamento do Hemocentro terá horário diferenciado.

Na segunda-feira, 12 de fevereiro, o Hemocentro vai funcionar das 7h às 13h. Na terça-feira de Carnaval a unidade estará fechada. Já na Quarta-feira de Cinzas, o expediente é de 13h às 17h.

O clínico-geral e coordenador médico do Hemocentro João Pessoa, Rodrigo Cahuana, informa que a média é de 150 a 200 doações de sangue por dia. Nos períodos festivos, o número cai para 80 ou 100 por dia. Ele incentiva o engajamento da população paraibana na campanha de doação de sangue.

“Contamos com a solidariedade das pessoas, pois disponibilizamos sangue para todo o estado. Estamos com os tipos sanguíneos negativos no limite”, revelou Rodrigo. Por fim, ele ressalta a importância da doação de sangue para salvar vidas. “Uma doação de sangue pode salvar até quatro vidas. Tanto na transfusão de hemácias para pacientes que realizam cirurgias cardíacas ou em virtude de um acidente, por exemplo. Mas, a doação de sangue também pode ajudar pacientes oncológicos na reposição de plaquetas, entre outras situações”, exemplificou.

A diretora-geral do Hemocentro da Paraíba, Shirlene Gadelha, viajou com sua equipe para uma ação de coleta externa com uma unidade móvel, na cidade de Remígio, no Agreste paraibano. “Fomos à cidade de Remígio para captar novos doadores e conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue. Além da coleta, fizemos o cadastro de medula óssea dos moradores locais”, declarou Shirlene.

Apesar da carência de doação no local, há quem se sensibilize e abrace a causa. A técnica de enfermagem, Arislania Gomes, 33 anos, veio doar sangue pela segunda vez. Como ela teve anemia na vida adulta, pensou que não poderia ser doadora. À convite de uma amiga doadora decidiu se informar no Hemocentro. “ Sou A+. Doei sangue em outubro de 2023 e nesta quinta-feira doei pela segunda vez. É uma sensação muito boa poder ajudar alguém”, comentou.

O agente comunitário de Saúde, Armando da Costa, 41 anos, também esteve no Hemocentro e contou que não é um doador regular devido à correria da vida. Ele veio na semana que antecede o Carnaval, pois sabe que os estoques de sangue estão baixos em períodos festivos. “Meu tipo sanguíneo é O +. Onde trabalho, não tem nenhum incentivo à doação de sangue, mas como essa semana o movimento na minha unidade está mais tranquilo, resolvi fazer minha ação de solidariedade”, disse.

Já a consultora de marketing digital Adriana Maria dos Santos, 22 anos, doou sangue pela primeira vez. Ela achou a experiência gratificante. “Sempre tive vontade de ser doadora, mas nunca tinha tomado a iniciativa. Quando vi que o estoque do Hemocentro de João Pessoa estava baixo pensei: ‘vou dar o pontapé inicial”, afirmou.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 09 de fevereiro de 2024.