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Casos passam de 12 mil na Paraíba

publicado: 05/07/2024 08h52, última modificação: 05/07/2024 08h52
Dengue tem maior número de registros, com quase 89% das notificações realizadas de janeiro a junho deste ano
Aedes © Fabio Mota_Estadao Conteudo_EDITADA.jpg

Chuvas e temperaturas altas são fatores ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças | Foto: Fábio Mota/Estadão Conteudo

Nesta semana, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou o Boletim Epidemiológico no 07/2024, com o balanço dos casos prováveis de arboviroses na Paraíba. Até o momento, foram contabilizados 12.311 casos, sendo 10.932 de dengue (88,80%), 1.314 de chikungunya (10,67%) e 65 de zika (0,53%). Os dados levam em consideração os casos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no período de janeiro a 29 de junho deste ano.

Ao todo, foram confirmados oito óbitos decorrentes de dengue, com residentes dos municípios de Camalaú (um), Conde (um), Campina Grande (dois), Cabedelo (um), São João do Rio do Peixe (um), João Pessoa (um) e Massaranduba (um). Também foram registrados cinco mortes por chikungunya, sendo uma em cada um dos seguintes municípios: Sapé, João Pessoa, Campina Grande, Pirpirituba e Monteiro. Outros 10 óbitos por arboviroses seguem em investigação pela SES.

De acordo com a técnica responsável pelas arboviroses da SES, Carla Jaciara, a secretaria realiza, por meio do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis, do Núcleo de Entomologia e da Sala de Situação, uma série de reuniões e visitas técnicas nos municípios e nas Gerências Regionais de Saúde, a fim de instruir os gestores e a população para os cuidados e a prevenção contra essas doenças na Paraíba. “É importante que a população fique atenta, principalmente neste período de altas temperaturas e chuvas, bastante propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses”, diz.

Ainda segundo ela, em comparação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 115,79% nos casos de dengue, quando o estado registrou 5.066 casos prováveis para o agravo. Com relação aos possíveis diagnósticos de chikungunya, o aumento foi de 41%, já que em 2023 foram registrados 932 casos. A zika, conforme os dados consolidados pela SES, foi a única das arboviroses que apresentou redução (18%) dos casos prováveis deste ano, tendo em vista que, em 2023, foram contabilizados 79 casos.

Carla também lembra que a população precisa procurar o serviço de saúde quando apresentar qualquer sintoma sugestivo, como dor de cabeça, febre, náusea, manchas e dores pelo corpo, considerados sinais de alerta.

Taxa de incidência

Com exceção da dengue, que apresentou incidência considerada média, com uma taxa de 269,27 casos possíveis por 100 mil habitantes, as demais arboviroses apresentaram incidência baixa para os casos prováveis, sendo 32,37 casos para chikungunya e 1,60 para zika.

A estratificação de risco do levantamento entomológico para Aedes aegypti mostra, ainda, que 36 municípios foram classificados como baixo risco, 138 como médio risco e 49 municípios foram classificados como alto risco. Alguns municípios obtiveram índice de infestação zero: Coremas, Joca Claudino, Mataraca, Poço José de Moura e Sobrado.

O boletim completo pode ser acessado por meio do link: https://encurtador.com.br/uOrNn

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 05 de julho.