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Promoção à saúde

Centros atendem trabalhador em Campina Grande

publicado: 02/08/2023 08h45, última modificação: 02/08/2023 08h45
Cerast e Cerest atuam na fiscalização e educação para a prevenção e oferecem tratamento aos pacientes
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Pioneiro no país neste modelo, o Centro Especializado em Reabilitação e Assistência à Saúde do Trabalhador assegura atendimento multidisciplinar completo para a reabilitação integral - Foto: Fabiana Veloso
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Por mês, são realizados mais de dois mil procedimentos no Cerast, que fica no bairro Dinamérica - Foto: Fabiana Veloso
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Foto: Fabiana Veloso
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Foto: Fabiana Veloso
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por Giovannia Brito*

Em 2022, 794 acidentes de trabalho foram registrados em Campina Grande. Para auxiliar pessoas que se acidentaram nos locais em que atuam profissionalmente, a cidade conta com dois serviços. O primeiro é o Centro Especializado em Reabilitação e Assistência à Saúde do Trabalhador (Cerast), no bairro Dinamérica. O outro é o Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest) que oferece assistência às vítimas de acidentes e doenças ocupacionais. Eles realizam um trabalho que, conjuntamente, atuam na fiscalização e a educação para a prevenção, e no tratamento aos pacientes.

O foco do Cerast é o suporte aos trabalhadores após o acidente de trabalho. São cerca de dois mil atendimentos por mês. O serviço oferece assistência multidisciplinar completa para a reabilitação integral. Por mês são realizados mais de dois mil procedimentos. O serviço foi aberto em 2016 e é o primeiro no país neste modelo.“Aqui nós atendemos em três eixos, que são o trabalhador vítima de acidente de trabalho, o trabalhador que se acidente no trajeto para a sua empresa ou órgão público, e o com doente por esforço repetitivo”, disse a diretora administrativa Maria das Graças Freire Duarte.

O Centro tem uma estrutura de 38 salas e oferece um ginásio completo para atividades de reabilitação, bem como uma piscina térmica, além dos consultórios e salas de exercícios específicos de recuperação neurológica, motora e respiratória e ainda laboratórios de órtese e prótese. A diretora revelou que o maior número de atendimentos ocorre em pessoas que se acidentaram quando se encaminhavam ao trabalho.

O motociclista Guilherme dos Anjos, de 28 anos, sofreu um acidente em abril e teve fratura em três partes da perna. Desde maio, ele faz reabilitação no Cerast. “O médico disse que eu passaria um ano para andar normalmente e, graças à fisioterapia, já faz dois meses que eu deixei de usar as muletas”, disse o rapaz.

O serviço presta atendimento para reabilitação de trabalhadores de saúde, com assistência médica, psicológica, de fisioterapia, multidisciplinar e oferece dezenas de serviços, com uma estrutura envolvendo salas de fisioterapia, ginásio, salas de consultas e exames, auditório e até piscina para fisioterapia aquática. No Cerast, durante a pandemia, foi aberto o serviço SuperAR, para atender pacientes com sequelas da Covid-19.

A maior parte dos atendimentos é de fisioterapia traumatológica, para reabilitar os trabalhadores que sofreram algum tipo de trauma decorrente de acidentes ou doenças de trabalho. Outra parte é de fisioterapia neurológica, além de fisioterapia respiratória e de outros procedimentos no geral. O órgão funciona de segunda a sexta, das 7h às 18h.

Órgão funciona como retaguarda técnica da Rede de Serviços do SUS

Já o Cerest atua em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT-PB), realizando inspeções em locais de trabalho e ações educativas. O órgão funciona como uma retaguarda técnica da Rede de Serviços do SUS, promovendo atendimento ao trabalhador, retirando-o da rede e dando atenção focada nas suas demandas.

O Cerest também desenvolve atividades na marcação de perícia do INSS, encaminhamento de demandas do Ministério do Trabalho e Emprego, assistência jurídica em casos de acidente de trabalho ou outros agravos e direcionamento dos trabalhadores para serviços de saúde.

O órgão também presta assistência às classes de trabalhadores na orientação sobre as normas de segurança do trabalho e é referência para ações de 70 municípios da segunda Macrorregião de Saúde da Paraíba.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 2 de agosto de 2023.