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Pontos mais vulneráveis estão localizados nos bairros do Roger, Alto do Mateus, Castelo Branco e São José

Chuvas na capital: barreiras preocupam a Defesa Civil

publicado: 30/05/2022 08h43, última modificação: 30/05/2022 08h43
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Foto: Evandro Pereira

por Juliana Cavalcanti*

As barreiras presentes nos bairros do Roger, Alto do Mateus, Castelo Branco (Quilômetro 18 da BR-230) e São José são as que mais preocupam a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de João Pessoa (Compdec/JP), principalmente diante do aviso meteorológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): o alerta vermelho de chuvas intensas para o litoral paraibano.

Os alertas do Inmet sobre chuvas valem para todo o final de semana no estado. De acordo com o diretor de Minimização de Desastres da Defesa Civil de João Pessoa, Antônio Esteves, o órgão realiza um trabalho preventivo, que inclui a limpeza dos rios do município e o monitoramento constante das áreas de risco.

Ele reforçou que a Compdec-JP está atenta aos pontos de alagamento, deslizamento e áreas ribeirinhas. Ainda afirmou que desde a semana passada todas as equipes estão em alerta para atender às demandas da população. “Os trabalhos diários de limpeza, desassoreamento dos rios e monitoramento irão continuar da mesma forma, só que com maior atenção e o plantão de toda a equipe. E as ações são modificadas quando acontece alguma ocorrência específica”, explicou.

O órgão registrou a existência de 42 áreas de risco na cidade de João Pessoa, todas monitoradas pela Defesa Civil e localizadas, principalmente, no Alto do Mateus, Roger, São José, Castelo Branco e Trincheiras

A maior atenção da Defesa Civil, segundo Antonio Esteves, é durante o inverno, e os maiores problemas estão localizados nas comunidades ribeirinhas (alagamentos) e regiões de barreiras (desmoronamentos).

As comunidades ribeirinhas de João Pessoa, em sua maioria, estão nas proximidades do Rio Jaguaribe. Porém, segundo o gestor, este não apresentou subida nem inundações significativas entre os bairros e comunidades onde está presente.

O motivo, apontou ele, é a maior limpeza do local, o que garantiu a melhor passagem das águas para o Rio Paraíba e o Oceano Atlântico, reduzindo os riscos de incidentes. “O trabalho de limpeza vem dando resultados, e durante as chuvas do ano passado a Comunidade São Rafael, por exemplo, estava alagada, enquanto nas chuvas deste mês não teve grandes problemas”, ressalta Antônio Esteves.

Áreas monitoradas e risco de interdições

Para os próximos dias, Antonio Esteves esclareceu que as barreiras representam o maior perigo no caso de chuvas intensas, pois atualmente apenas a ladeira que divide os bairros de Mangabeira e Valentina apresentou problemas relacionados à elevação das águas do Rio Cuiá. “Hoje estamos monitorando mais as áreas de barreiras, e quando surgir perigo iminente vai existir a necessidade de interditar os locais, como foi feito no quilômetro 18 da BR-230, no Castelo Branco, onde foi necessário desocupar as moradias”, observou.

Para o diretor, muitas pessoas costumam construir casas nas barreiras, aumentando os riscos. “Infelizmente, a população se coloca em risco, cortando as barreiras para construir casas”, completou.

Na última quarta-feira um deslizamento da barreia no quilômetro 18 da BR-230, no Castelo Branco, sentido João Pessoa/Cabedelo. Na ocasião, houve a desobstrução da pista com equipes da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), além do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) desviaram e orientaram os condutores no trânsito.

Desde então, essa área segue monitorada pela Defesa Civil Municipal. “A queda da barreira do Castelo Branco ocorreu porque quando foi feita a duplicação da BR-230, há muitos anos, não houve um cuidado com a barreira, nem contenção. Assim, estão sofrendo por causa dessa falha”, descreveu Antônio Esteves.

A recomendação da Defesa Civil Municipal para os moradores das áreas de risco é que fiquem nas casas de familiares ou amigos enquanto passam as chuvas mais fortes. “Para esse final de semana, está previsto o alerta vermelho. Por isso, as pessoas nesse período devem escolher outro local para se abrigar, para evitar um perigo maior”, aconselha o representante do órgão”.

Os cidadãos podem acionar a Defesa Civil pelos números 0800-285-9020 ou 9.8831-6885 (WhatsApp). O serviço funciona durante as 24 horas do dia.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 28 de maio de 2022