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Construção civil protesta contra corte de verba do Minha Casa, Minha Vida

publicado: 19/10/2017 22h05, última modificação: 19/10/2017 22h07
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Após carreata, os manifestantes se reuniram na CEF da Epitácio Pessoa e seguiram até a Praça 1814 - Foto: Evandro Pereira

tags: construção civil , minha casa minha vida , protesto


Cardoso Filho

Representantes da construção civil da Paraíba realizaram na manhã dessa quinta-feira (19) um protesto nas principais ruas de João Pessoa com o objetivo de exigir do governo federal a retomada dos financiamentos para o Programa Minha Casa, Minha Vida. A manifestação se iniciou na Praça da Independência, seguiu pela Avenida Epitácio Pessoa, parando em frente à sede da Caixa Econômica Federal (CEF), onde funciona a Superintendência do órgão.

Na frente da CEF, um carro de som informava à população os motivos do movimento, e havia ainda fogos de artifício e intenso buzinaço, o que ocorreu também durante o trajeto. Vários caminhões estavam na carreata, inclusive com implementos utilizados nas construções.

O protesto em João Pessoa foi organizado pela Associação de Construtores da Construção Civil Leve (CL). Segundo o presidente da entidade e organizador do movimento, Riccelly Lacerda, a questão é que o governo federal passou a liberar para o programa uma verba que atende apenas 20% dos projetos e muitas obras estão correndo o risco de serem paralisadas, promovendo o desemprego no setor.

Após cerca de meia hora em frente à Caixa Econômica, na Epitácio Pessoa, a carreata seguiu em direção ao Parque Solon de Lucena, provocando caos no trânsito, indo depois para a Praça João Pessoa, no Centro da capital, onde foi dispersada.

A decisão do governo federal de suspender o programa Minha Casa, Minha Vida, segundo foi denunciado durante o protesto, vai afetar a população de baixa renda que sonha com a casa própria e, em todo o país, cerca de 15 milhões da cadeia produtiva ficarão desempregados.

A suspensão vai afetar, denuncia a entidade, diretamente as cerca de 125 pequenas construtoras da Paraíba que empregam cerca de 1.500 trabalhadores e constroem aproximadamente 800 moradias em todo o estado. Também atinge lojas de materiais de construção. De acordo com Ricelly, a falta de repasse de verbas do programa vai provocar consequências irreparáveis para o setor.

Riccelly disse ter recebido informação da Superintendência da Caixa Econômica Federal, em João Pessoa, que a instituição não está mais firmando contratos para o Minha Casa, Minha Vida, sob a justificativa de que está sem recursos suficientes para atender ao programa. Mas a boa informação, segundo o presidente da CL, é que a Caixa vai realizar uma reunião com o Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na próxima semana, em Brasília, com o objetivo de voltar a financiar o programa em sua totalidade.