Sede d’O Maior São João do Mundo, Campina Grande oferece uma série de opções de passeios culturais, artísticos e históricos fora da badalada época junina — a começar por seus museus, cujas exposições costumam atrair tanto aqueles que buscam se familiarizar com o passado campinense como os que apreciam obras de arte contemporânea. O Museu do Algodão, por exemplo, traça uma linha do tempo sobre o período econômico mais influente de Campina, o ciclo do algodão, no início do século 20. Situado na Estação Velha, o local funciona entre as terças e as sextas-feiras, das 7h às 13h.
O Museu de Arte Popular da Paraíba (Mapp) é outro ponto turístico bastante visitado. Último projeto arquitetônico elaborado por Oscar Niemeyer, o espaço acolhe obras de artistas paraibanos contemporâneos, além de dispor de um rico acervo documental do cordel, da música e do artesanato locais. Aberto de terça-feira a domingo, das 10h às 19h, o Mapp fica às margens do famoso Açude Velho.
O cartão-postal da Rainha da Borborema, aliás, é um lugar agradável para fazer caminhadas ou andar de bicicleta. Com mais de 2 km de extensão, o Açude Velho foi construído em 1831 para abastecer a cidade durante a estiagem. Em seu entorno, ainda é possível visitar os monumentos Os Pioneiros da Borborema e Farra da Bodega, em homenagem a Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga.
Para entender como Campina se tornou o polo tecnológico que é atualmente, vale conferir o Museu Histórico e Geográfico, que abre das terças às sextas-feiras, das 8h às 13h, com entrada franca. Sendo um dos prédios mais antigos da cidade, erguido em 1812, o local funcionou como a primeira cadeia municipal, chegando a abrigar, entre seus presos, Frei Caneca, o principal líder da Confederação do Equador, em 1824.
Mercado
Outro bom programa na Rainha da Borborema é passear por seus tradicionais mercados públicos, como a Feira Central, reconhecida pelo Iphan como patrimônio cultural e imaterial do país. Com mais de 75 mil m² e repleta de comidas típicas, cachaças, roupas e peças de artesanato, a feira é aberta de segunda-feira a sábado, das 5h às 18h.
Fundada em 2010, a Vila do Artesão é mais um espaço de comércio de produtos regionais. Seus 77 chalés são divididos por cerca de 300 artesãos, que trabalham com diferentes materiais, incluindo algodão colorido, couro, cerâmica e madeira. A Vila ainda dispõe de uma praça de alimentação e de palco para shows, funcionando entre segunda-feira e sábado, das 10h às 17h.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 05 de janeiro de 2025.