A montagem da estrutura física do Festival Literário Internacional da Paraíba (FliParaíba) finaliza seus últimos detalhes para sediar o evento, que acontece de amanhã a sábado (29), no Centro Cultural São Francisco, situado no Centro Histórico de João Pessoa. Equipes trabalham na área desde o último dia 19, para concluir estruturas como a cobertura do corredor de entrada e o palco principal do festival, além da colocação de tablados sobre o chão pedregoso do Centro Cultural.
Ao todo, serão cerca de 8 mil m2 com atividades da programação literária e cultural, realizada pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult) e tendo a Empresa Paraibana de Comunicação (EPC) entre as entidades parceiras. Somando o público visitante e incluindo a plateia dos shows, a estimativa é de que o evento reúna aproximadamente 20 mil pessoas nos três dias.
A estrutura tem início com o pavilhão central da Feira de Livros, que vai contar com uma série de estandes para acolher 15 livreiros e editoras de obras literárias. O número é maior que o da edição passada, quando 12 negócios participaram da feira. Mais à frente, há o recanto dos lançamentos literários, um ambiente onde serão instaladas poltronas e mesas para acolher as obras em exposição, seus autores e sessões de autógrafos. 
Segundo o secretário estadual de Cultura, Pedro Santos, o melhoramento desse espaço é um diferencial desta segunda edição. “Do ponto de vista de estrutura, a gente pode dizer que está privilegiando o ambiente dos lançamentos literários. No ano passado, ficou muito acanhado, uma mesinha no canto. Serão mais de 150 livros lançados. Absorvemos todos [os inscritos] e vamos montar um espaço para privilegiar esses autores, a maior parte independente, para que eles possam receber amigos e pessoas que apreciam a literatura”, reforça.
Outro melhoramento está na área ao lado da Feira de Livros, uma opção de lazer, descanso e aconchego, com tablado e almofadas, voltada especialmente para pessoas com mobilidade reduzida e crianças.
Mais uma novidade é o Espaço Curumim, aberto ao longo de todo o sábado (29) nos jardins do Centro Cultural. Voltado para as crianças e adolescentes, o local focará na contação de histórias, mas também em práticas indígenas, das 10h até o pôr do sol. “A gente vai receber o toré da Aldeia Brejinho, de Marcação. É um toré só de crianças e todo em tupi-guarani. Pais, mães e familiares que queiram trazer suas crianças, sábado haverá uma programação específica para acolher os novos leitores da Paraíba”, diz Pedro.
Focando na diversidade, o secretário explica que há uma ampliação não apenas linguística, mas também étnica no festival. Segundo ele, quem participar do FliParaíba vai certamente ouvir e conviver com a língua portuguesa, mas ainda poderá deparar-se, por exemplo, com a língua cigana calom.
Outros destaques linguísticos acontecerão no Palco de Conhecimentos, com batalhas de rima de hip-hop e a oferta de R$ 6 mil em premiações — fruto de uma parceria com a Batalha da Paz, grupo dos Bancários. “É um espaço que a gente construiu para visibilizar e dar impulsionamento. A gente entende que literatura não está circunscrita ao dispositivo físico de um livro; ela é oralidade, é o dia a dia”, finaliza o secretário.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 26 de novembro de 2025.