Redação com Secom-PB
Para marcar o ‘Janeiro Branco’, mês de conscientização da saúde mental, o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, realizou a palestra ‘Saúde mental é coisa séria’, com o objetivo de sensibilizar os profissionais de saúde, acompanhantes, visitantes e pacientes para a importância de se manter uma mente equilibrada. O evento aconteceu no auditório da instituição, na quinta-feira (25), e contribuiu para quebrar mitos e preconceitos sobre problemas relacionados à mente.
Promovido pelo Setor de Psicologia, o evento reforçou a necessidade de cuidar da mente o ano todo. De acordo com a coordenadora de Psicologia do hospital, Anne Michelle Paiva, a palestra foi pensada para funcionários. “O ambiente de cuidados com a saúde é um local insalubre e que gera muito aborrecimento psíquico: pelo esgotamento físico e por conta da proximidade com a morte. E olhar pra esse sofrimento, para nossa vida e nossa saúde mental é fundamental para que possamos ter bem-estar no trabalho e na nossa vida como um todo”, esclarece.
Um alerta foi proferido na palestra de que as doenças mentais estão em crescimento no país. Atualmente, o Brasil lidera as estatísticas mundiais dos transtornos de ansiedades e está em 10º lugar em transtornos depressivos. Segundo o palestrante e psiquiatra infantil Alexandre Almeida, o trabalho tem que ser contínuo de conscientização. “Os números são muito relevantes para a saúde pública, por isto temos que fazer o trabalho de formiga, informando aos profissionais de saúde, quebrando alguns mitos, mudando alguns paradigmas para que se façam construções que aproximem a população em geral do tratamento da saúde mental”, enfatizou.
Durante o evento, o psiquiatra Alexandre abordou questões como preconceitos e mitos, quando procurar um psicólogo ou psiquiatra. “Os transtornos psiquiátricos podem ser percebidos pela pessoa, por familiares e amigos. Esperamos ter conscientizado os profissionais de saúde para que possam reconhecer em si ou nos outros estes problemas e, assim, tornando-se multiplicadores de informações”, frisou.
Para a assistente social Francisca Lins, palestras como estas são muito positivas. “Todos os dias lidamos com amigos, parentes, colegas de trabalhos e pacientes que apresentam estes tipos de transtornos. E na maioria das vezes não sabemos lidar com a situação. Então, informações riquíssimas como as de hoje nos ajudarão quando surgirem casos semelhantes”, ressaltou.