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NOVO GEISEL

Mulher pula do terceiro andar de prédio para escapar de agressões

publicado: 09/12/2025 09h12, última modificação: 09/12/2025 09h12

por Nalim Tavares*

Para escapar das agressões do marido, uma mulher, de 35 anos, teria pulado do terceiro andar de um prédio no Loteamento Novo Geisel, em João Pessoa, na noite do último domingo (7). O homem, preso em flagrante pelos investigadores da Polícia Civil, foi encaminhado ao cárcere e passou, na tarde de ontem, pela audiência de custódia.

 Informações da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) apontam que, após a queda da vítima do apartamento em que morava, o síndico do condomínio acionou imediatamente as autoridades. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi o primeiro a chegar ao local e realizou o atendimento inicial, conduzindo a mulher ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Ela permaneceu na unidade até a manhã de ontem, quando foi transferida para o Complexo Hospitalar Tarcísio de Miranda Burity, o Trauminha de Mangabeira.

Conforme o registro da ocorrência, a médica do Samu que prestou o atendimento identificou que a vítima apresentava uma fratura no pé esquerdo e hematomas na região dos olhos, lesões que teriam sido causadas, possivelmente, por socos. Em razão da gravidade das lesões, até o momento da elaboração desta reportagem, a mulher ainda não havia sido ouvida pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), vinculada à Polícia Civil (PC).

O acusado, de 42 anos, foi autuado nos artigos previstos na Lei Maria da Penha. Segundo a comunicação da PMPB, populares informaram à guarnição, ainda no local do crime, que ele seria usuário de drogas. Acredita-se que o homem tenha submetido a vítima a horas de espancamento antes que ela conseguisse aproximar-se da janela para pedir ajuda.

O caso, que ocorreu em um fim de semana marcado por protestos nacionais contra a violência de gênero — quando o Movimento Nacional Mulheres Vivas reuniu manifestantes em diversas cidades do país para denunciar o aumento da violência contra as mulheres — continua sendo investigado pela Polícia Civil.

Em nota, a PC reforçou que “segue acompanhando o caso e reforça o compromisso com a proteção das mulheres e o combate à violência doméstica”.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 9 de dezembro de 2025.