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OUTUBRO ROSA

Mutirão para renovar a autoestima

publicado: 24/10/2024 09h09, última modificação: 24/10/2024 09h09
Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, realizará 30 cirurgias de reconstrução de mamas
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Cirurgia é indicada a pacientes que passaram por mastectomia e não tiveram oportunidade de realizar a reconstrução da mama | Foto: Divulgação/Sociedade Brasileira de Mastologia

Nos dias 31 deste mês e 1o de novembro, um mutirão de cirurgias de reconstrução mamária atenderá 30 mulheres que foram diagnosticadas com câncer de mama, em João Pessoa. A iniciativa é do Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba (HULW), vinculado à Rede Ebserh. Das 30 vagas disponibilizadas, 16 serão destinadas a mulheres contempladas por demanda espontânea.

A cirurgia é indicada a pacientes que passaram pela retirada cirúrgica da mama (procedimento conhecido como mastectomia), seja parcial, seja total, e que não tiveram a oportunidade de realizar a sua reconstrução. “É uma cirurgia plástica reparadora para mulheres que tiveram a mama removida durante o tratamento contra o câncer de mama. Essa reconstrução pode ser imediata, durante a própria cirurgia de mastectomia, ou pode ser feita de semanas a anos depois. O intuito é incentivar a autoestima dessas mulheres”, diz a médica Ana Thereza Uchôa, mastologista do HULW.

O mutirão será realizado por meio do projeto À Flor da Pele, voltado à reconstrução de mama de mulheres diagnosticas com câncer de mama. O projeto, do Hospital Hélio Angotti, em Uberaba (Minas Gerais), está em sua quinta edição. Neste ano, a novidade foi sair dos limites mineiros e chegar a João Pessoa, ampliando o cuidado e oferecendo não somente a recomposição da forma física à mulher que enfrentou uma mastectomia, mas um olhar renovado sobre si mesma.

Tipos

Há 22 tipos diferentes de câncer de mama, caracterizados pelo crescimento desordenado e acelerado de células dos ductos mamários, que podem escapar dos controles de regulação genética e imunológica do corpo e atingir outros órgãos. Como a doença pode apresentar sinais ainda na fase inicial, detectá-los precocemente pode trazer resultados consideráveis no tratamento.

Alguns sintomas, como presença de nódulo, o afundamento ou a secreção pelo mamilo, além de alterações na pele (na textura ou na cor), podem ser motivos de alerta.

É importante realizar exames de rastreamento para a detecção, como é o caso da mamografia anual, a partir dos 40 anos. Pode ser necessário complementar com ultrassom de mamas, enquanto a ressonância é indicada apenas em casos muito específicos.

O autoexame da mama também é indicado, uma vez que é simples e pode ser realizado em casa. Ele consiste em tocar as mamas com os dedos, para identificar se há nódulos nos seios. “Embora seja importante, o autoexame não deve ser encorajado sem a associação do exame clínico com o mastologista e da mamografia, pois ele identifica o câncer numa fase que não é mais a inicial, na qual o tumor já é palpável. E, como sempre ressaltamos, quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura”, enfatiza Ana Thereza.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 24 de outubro de 2024.