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Vigilância Epidemiológica

Números de arboviroses diminuem

publicado: 07/08/2025 08h20, última modificação: 07/08/2025 08h20
Estado registra queda expressiva nas notificações de dengue, chikungunya e zika, mas alerta que a prevenção continua
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É importante eliminar, de forma correta, os focos que acumulam água, propícios para reprodução do mosquito vetor dos vírus | Foto: Divulgação/Agência UFC

A Paraíba registrou uma redução significativa nos casos de arboviroses em 2025. Segundo o oitavo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), houve queda de 54,46% nos casos prováveis de dengue, 66,36% nos de chikungunya e 77,92% nos de zika em comparação com o mesmo período do ano passado.

De 1º de janeiro a 4 de agosto, foram notificados 6.461 casos prováveis de arboviroses no estado, sendo 5.316 de dengue, 476 de chikungunya, 17 de zika e 652 de oropouche. Entre os casos confirmados de oropouche, há quatro gestantes e 11 puérperas, todas sob acompanhamento das equipes de Saúde. Apesar da redução, as arboviroses seguem exigindo atenção e ações contínuas de prevenção.

Quanto aos óbitos, foram confirmadas cinco mortes por arboviroses no estado neste ano. Três delas foram causadas por dengue, sendo duas em João Pessoa e uma em São Domingos do Cariri. Houve também duas mortes causadas por chikungunya, registradas nas cidades de Campina Grande e Prata.

A técnica da SES Carla Jaciara, responsável pelas arboviroses, reforça a questão dos cuidados que todo cidadão deve ter em relação ao mosquito Aedes Aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya. “Todos nós devemos ter a consciência de que o trabalho de prevenção dessas doenças começa em casa e cada um deve fazer a sua parte para que todo mundo saia ganhando. Por isso é tão importante eliminar, de forma adequada e correta, os focos que acumulam água, a exemplo de garrafas, tampas, cascas de ovo, folhas, jarros e ficar atento às datas da coleta de lixo”, alertou.

Carla destacou, ainda, a importância de buscar um atendimento especializado quando apresentar qualquer sinal ou sintoma sugestivo de dengue, chikungunya ou zika. “Lembrando sempre de nunca se automedicar e procurar o serviço de saúde o mais rápido possível para que o seu caso não venha se agravar e contabilizar mais um possível óbito no estado da Paraíba. Para que o caso seja tratado de forma adequada e oportuna, a coleta deve ser feita em tempo oportuno, nos primeiros dias do início dos sintomas, nas Unidades de Saúde, notificando, coletando a amostra e encaminhando-a para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), órgão de referência”, orientou a especialista.

Sintomas e sinais

Dengue (febre alta; dores musculares e articulares, de cabeça, atrás dos olhos; podendo ocorrer náuseas e vômitos, manchas vermelhas na pele; fadiga e fraqueza); chikungunya (febre alta; dores musculares; dores articulares intensas; inchaço nas articulações; podendo haver manchas vermelhas na pele; dor de cabeça; fadiga e cansaço) e zika (febre mais baixa ou ausente; manchas vermelhas na pele; coceira; conjuntivite não purulenta; dores leves nas articulações; dor de cabeça; náuseas e vômitos).

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 07 de agosto de 2025.