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Paraíba é destino preferido durante o período de inverno

publicado: 20/06/2018 00h05, última modificação: 20/06/2018 07h41
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Estação mais fria começa nesta quinta-feira e as pessoas devem se prevenir contra doenças respiratórias - Foto: Divulgação

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Louise Tonet

Especial para A União

Quem acredita que julho é sinônimo de frio nas regiões Sul e Sudeste do país, se surpreende com o Nordeste brasileiro. A Paraíba é um dos maiores exemplos disso. O estado, com mais de 3,5 milhões de habitantes é o destino ideal para aqueles que querem fazer um programa de inverno pelos municípios paraibanos.

O inverno inicia no dia 21 de junho, a partir das 7h quando o sol alcança o solstício, fenômeno da astronomia que marca o início da estação. Com a chegada do período, também surgem doenças que atingem principalmente aquelas pessoas que têm alergias respiratórias.

De acordo com o meteorologista Flaviano Fernandes do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), nas regiões do Cariri/Curimataú e Sertão, o inverno apresenta reduzidos totais pluviométricos (quantidade de chuvas que cai em uma região e é medida em milímetros). Já nas regiões do Agreste, Brejo e Litoral este período representa uma época mais chuvosa. Nesta época, o principal sistema meteorológico gerador de chuvas na Paraíba é constituído por Distúrbios Ondulatórios de Leste (nuvens que se formam no Oceano Atlântico e se deslocam em direção à costa leste do Nordeste do país, principalmente sobre as regiões do Agreste, Brejo e Litoral).

Com relação às temperaturas, elas são climatologicamente mais amenas e atingem valores mínimos de 14ºC, especialmente sobre o Brejo e Cariri, e a máxima em torno de 31oC no Sertão. Flaviano Fernandes explica que é bem comum nesta época do ano a ocorrência de chuvas esparsas nas regiões do Agreste, Brejo e Litoral. Ou seja, chuvas intercaladas por período sem chuva. Os ventos em baixos níveis deverão se comportar de fracos a moderados.

O tempo fecha, o clima fica seco e, com isso, os espirros se tornam ainda mais frequentes. Para quem sofre de alergias respiratórias, essa época do ano pode ser quase insuportável. Existem vários fatores que ajudam na disseminação dessas doenças, sendo os principais as mudanças bruscas de temperatura e clima seco. Outras não menos importantes neste período são os ácaros, fungos, pelos de animais, poeira e fumaça, este último devido ao clima junino. As doenças mais comuns são asma, rinite e rinossinusite, além de gripe, resfriado e pneumonia, porém algumas dicas de especialista prometem aumentar a qualidade de vida neste próximo inverno.

A rinite e a asma são as alergias mais comuns. “Elas são crônicas e frequentes, mas podem complicar com a mudança climática devido a fatores desencadeantes. O ar frio e seco, por exemplo, é um agente irritante das vias aéreas”, explica o alergologista, Roberto Lacerda.

“Nesse período de festas, as pessoas com doenças respiratórias devem se manter distante da fumaça de fogueiras e, principalmente, dos fogos”, alerta.

Uma das principais doenças que se agrava durante a época de inverno é a asma. Ela é uma doença inflamatória crônica (não tem cura) das vias aéreas. O pulmão do asmático é diferente do pulmão saudável. É como se os brônquios dele fossem mais sensíveis a inflamados, reagindo ao menor sinal de irritação. Ela é uma das condições crônicas mais comuns, acometendo cerca de 235 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Estima-se que, no Brasil, 15% da população sofra com o problema. O tratamento é baseado nas ações preventivas, evitando as crises (o mais importante) e o tratamento das crises em si, que visam controlar os sintomas.

O alergologista Roberto Lacerda relata que existe uma certa confusão entre a rinite alérgica e viroses, como gripe e resfriado. O que acontece é que os sintomas são bem parecidos. O portador de umas dessas patologias pode sentir congestão e coceira nasal, espirros, coriza e tosse, sendo que a diferença para cada uma dessas patologias está nas suas características e outros sintomas. A rinite alérgica, por exemplo, é uma inflamação da mucosa de revestimento nasal provocada por ácaros, poeira, fungos e outros organismos. Não causa febre e não é contagiosa.

Com relação à gripe, que é uma infecção viral, da influenza. Já o resfriado é uma infecção viral, que tem como sintomas: secreção nasal, congestão nasal, espirros, dor de garganta e febre baixa. Os sintomas podem durar de dois dias a uma semana.

Dicas para amenizar os problemas respiratórios:

1. Mantenha as roupas de cama limpas, especialmente os cobertores e travesseiros que costumam ser morada de ácaros;
2. Retire o pó da mobília e limpe o chão com pano úmido;
3. Aproveite os dias ensolarados para arejar a casa;
4. Evite o contato com a fumaça do cigarro, de fogueiras e fogos;
5. Use soro fisiológico nas regiões dos olhos e narinas;
6. Evite aglomerações em lugares fechados e pouco arejados;
7. Lave as mãos para evitar vírus e bactérias;
8. Beba muito líquido, mas evite as bebidas alcoólicas;
9. Não use carpetes e cortinas no quarto de pessoas alérgicas.