A obra de implantação e pavimentação da PB-087, conhecida como Caminho dos Engenhos, está em fase final e deve ser concluída até o fim do ano. O trecho liga o município de Alagoa Nova ao entroncamento com a PB-079, entre Remígio e Areia.
Com 12,73 km de extensão, a rodovia, situada no Brejo paraibano, deve fortalecer as raízes culturais, sociais e econômicas da região, além de impulsionar o turismo e valorizar a tradição histórica dos engenhos da Paraíba.
Para a execução da obra, o Governo da Paraíba, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PB), destinou mais de R$ 40 milhões em recursos próprios do Tesouro Estadual. A intervenção, sob responsabilidade da Construtora Rocha Cavalcante Ltda. — vencedora da concorrência pública — beneficia, diretamente, cerca de 50 mil habitantes dos municípios de Areia e Alagoa Nova, no Brejo paraibano.
“A população já está usufruindo dos benefícios de uma obra que vai interligar de forma mais ágil as cidades de Areia e Alagoa Nova, melhorando o escoamento de toda a produção, principalmente da cachaça, produto que é fabricado nos engenhos da região”, disse o gestor da obra, Euvaldo Filho.
Ele acrescenta que a obra encontra-se na etapa final, com a realização dos últimos serviços de drenagem — incluindo a conclusão da drenagem superficial, a implantação de valetas revestidas de concreto e dissipadores para proteção dos taludes de corte — além da pavimentação, com execução do pavimento intertravado nos acessos ao longo da rodovia, e da sinalização e segurança, abrangendo a pintura das faixas, colocação de tachas refletivas e instalação de placas verticais.
O Caminho dos Engenhos pretende modernizar e ampliar a infraestrutura rodoviária estadual, reduzir o custo dos transportes, valorizar as raízes da formação social, econômica e cultural da região, oferecer conforto e segurança aos usuários da rodovia e, principalmente, fortalecer o turismo cultural histórico dos engenhos da Paraíba.
Antônio Lima Dias, morador da comunidade Vaca Brava, em Areia, faz questão de expor sua gratidão e felicidade ao ver o asfalto passando próximo ao seu território. “Antes tínhamos muitos problemas com locomoção e escoamento da produção e hoje nos encontramos com essa beleza de rodovia, proporcionando facilidade e comodidade”, relatou Antônio.
Alexandre Castro, gerente administrativo de um engenho e morador da região, relatou que, antes da chegada do asfalto, enfrentavam grandes dificuldades para o escoamento da produção e para o recebimento da matéria-prima. Segundo ele, em períodos de chuva, a situação ficava ainda mais crítica, com o engenho praticamente isolado, veículos atolados na lama e caminhões que quebravam ao tentar vencer as condições precárias da estrada. Alexandre afirmou, ainda, que já é possível usufruir dos benefícios logísticos, culturais e econômicos proporcionados pela pavimentação.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 4 de setembro de 2025.