As expectativas das famílias residentes na Comunidade Cacimba Nova, localizada no município de Conceição, no Alto Sertão paraibano, estão voltadas para as novas ações que serão desenvolvidas pelo programa PB Rural Sustentável, executado pelo Governo do Estado em parceria com o Banco Mundial. São 16 famílias que apresentaram ao Projeto Cooperar nove demandas de cisternas para contemplar alguns moradores que residem distante do açude Videl. Elas trabalham com irrigação, subprojeto implantado pelo Cooperar, numa área de oito hectares.
As novas cisternas irão beneficiar as famílias e se somar ao projeto de irrigação no cultivo de raízes, tubérculos e verduras, como: batata doce, feijão vermelho, tomate, cebola, cenoura, jerimum, pimentão, banana e maracujá. Posteriormente, segundo o presidente da Associação Comunitária Rural de Cacimba Nova (Ascocan), João Costa, ainda pretendem solicitar um novo subprojeto: um trator de corte de terra e a implantação do sistema de energia solar, que irão impulsionar o desenvolvimento da região.
No primeiro semestre de 2020, a produção de batata doce na Comunidade Cacimba Nova atingiu a dianteira da produção, com a colheita de 35 toneladas; 40 toneladas de cebolas e 2 mil caixas de tomate. Com a produção duplicada, hoje, a produção é escoada para abastecer os mercados de Cajazeiras, Sousa, São José de Piranhas, Monte Horebe, Bonito de Santa Fé, Conceição, Itaporanga, Vale do Piancó, Patos, Campina Grande, além de cidades dos estados que fazem fronteiras com a Paraíba.
“Para mim que mantenho ativa a produção da Comunidade de Cacimba Nova, respeitando o momento da pandemia, estamos felizes porque vemos nossos produtos chegar à mesa dos paraibanos e dos nordestinos”, disse o presidente da Ascocan, acrescentando que a produção foi duplicada e que, se não fosse a falta de equipamentos tecnológicos, oportunizaria a ampliação da produção. As chuvas, na sua visão, também contribuem para potencializar a produção, mas o inverno é incerto.
João Costa disse ainda que em 2019 houve um aumento considerável na produção de cebolas, com a colheita de 3.400 sacos (cerca de 60 toneladas); batata doce, mais de 500 sacos ou 50 toneladas; tomate, 2.500 caixas ou 20 toneladas, além de jerimum, melancia, banana e pimentão, entre outras hortaliças. “E agora estamos investindo na plantação do feijão vermelho e no cultivo do maracujá”, adiantou.
Com a orientação dos técnicos do Projeto Cooperar, as famílias de produtores ampliaram as técnicas alternativas de agroecologia, bem como as práticas de conservação do solo. Eles começaram a aprimorar as tecnologias investindo na qualidade dos produtos. Os técnicos instruíram os agricultores a utilizarem o método ITOG – Investimento, Tecnologia, Organização e Gestão.
Com esses novos mecanismos, segundo João Costa, os custos serão barateados e a produção será duplicada. Ele ressaltou, ainda, que o dinheiro do Banco Mundial está sendo muito bem aplicado na Paraíba. “Sou grato ao governador João Azevêdo, ao secretário Luiz Couto e ao coordenador geral do Projeto Cooperar, Omar Gama, que vêm oportunizando a expansão das comunidades rurais espalhadas pelo território paraibano”, ressaltou.
O Projeto Cooperar é vinculado à Secretaria da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds).