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Polícia Civil vai realizar novas diligências e apurar clonagem de cartões

publicado: 12/01/2018 18h05, última modificação: 12/01/2018 18h48
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Justiça devolveu inquérito da Operação Firewall que investigou e prendeu político e agentes públicos - Foto: Divulgação

tags: polícia civil , inquérito , clonagens , cartão de crédito


Cardoso Filho

A Justiça devolveu à Polícia Civil o inquérito que investigou uma quadrilha de atuação internacional suspeita de desviar aproximadamente R$ 10 milhões com clonagem de cartões de créditos. A devolução foi com o objetivo de realizar novas diligências. Em maio de 2013, pelo menos 18 pessoas foram presas e houve a apreensão de equipamentos, inclusive máquinas de fabricar cartões. As diligências, disse o delegado Lucas Sá, titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), serão realizadas junto às administradoras de cartão de crédito. O processo foi devolvido pela 3ª Vara Regional de Mangabeira e não tem prazo para conclusão dessas novas diligências.

O delegado informou que a DDF irá prosseguir com as investigações para que todos os beneficiados com as ações da quadrilha sejam responsabilizados e os principais líderes novamente presos. “As fases operacionais dependem do deferimento dos mandados. A cada deferimento uma nova fase é deflagrada”, explicou. A 'Operação Firewall', como ficou conhecida a investigação da DDF para apurar a clonagem de cartões, teve como resultado um processo de 12 volumes com mais de três mil páginas. O relatório do material apreendido (provas) tem 400 páginas. A Polícia Civil representou pela prisão preventiva de 22 pessoas, pela quebra de sigilo e bloqueio de bens e pela busca e apreensão domiciliar em 25 endereços. As pessoas investigadas foram indiciadas pelos crimes de estelionato e organização criminosa. No entanto, o indiciamento não foi confirmado pela 3ª Vara Regional de Mangabeira.

Durante as investigações, a polícia descobriu que a quadrilha pagava propina para funcionários de empresas de grande movimentação (postos de combustível e supermercados), instalando equipamentos de clonagem de cartões de crédito, obtendo os dados das vítimas. De posse das informações, após a clonagem dos dados, a organização criminosa fabricava falsos cartões de crédito, utilizados para a realização de compras indevidas, tanto no Brasil quanto no exterior (EUA), adquirindo, em geral, eletrônicos, principalmente smartphones de fácil negociação. Na 'Operação Firewall' foram apreendidos dezenas de equipamentos eletrônicos, além de cartões de crédito em branco, impressoras e maquinário utilizado na clonagem.

No começo das investigações foram feitas interceptações de conversas telefônicas dos 21 suspeitos, comprovando, segundo o delegado Lucas Sá, o envolvimento de todos com a clonagem de cartões de crédito. Os suspeitos foram presos por cinco dias (temporária), apreendidos equipamentos, entre impressoras utilizadas para fabricar cartões clonados, cartões em branco e muitos documentos. Foram produzidos relatórios com milhares de páginas comprovando a participação de cada um, como usavam os documentos falsos para fabricar os cartões de crédito.