por Thadeu Rodrigues*
Levantamento da Associação Brasileira para Competitividade e Inovação (Abracinov) indica que 61,4% dos consumidores paraibanos estão gastando um ticket médio de R$ 51 a R$ 200, nas compras de comidas típicas. O levantamento aponta que 89% dos entrevistados adquirem os produtos como pamonhas, canjicas, pé de moleque e bolos diversos em lojas físicas.
O empresário Irenaldo Xavier tem uma empresa que produz comidas típicas, em João Pessoa, e encerrou o recebimento de encomendas no último dia 16. Hoje, as lojas só abrem para entregas. “Produzimos três mil pamonhas no domingo e congelamos para entregar hoje, quando também devemos produzir em torno de três mil canjicas para quem nos encomendou”. Ele afirma que há encomendas de todos os preços, sendo a média de R$ 100 a R$ 200.
Para dar conta do aumento de demanda, ele contratou cinco funcionários há alguns meses, que foram treinados para a fabricação dos alimentos. Irenaldo estima que vai fechar o mês de junho com um crescimento de 30% sobre o ano passado. Ele acredita que as vendas de junho, que superam em mais de 100% a média dos demais meses, devem ser mantidas no início de julho.
Retorno da celebração
O presidente da Abracinov, Josuel Gomes, comenta que o valor do ticket médio está bem satisfatório e corresponde à busca das pessoas em comemorar o período junino. “Os consumidores vão viajar, mas também vão fazer reuniões familiares e com amigos porque querem aproveitar esta época, após o período restritivo da pandemia da Covid-19”.
A empresária do setor de vestuário, Lidiane Morais, fez uma encomenda de grande volume de comidas típicas para o chá de revelação da irmã, que está gestante. “Organizamos ‘charraiá’ com tema junino, então, compramos muito milho, canjica, pamonha e paçoca, entre tantas outras comidas. Estamos sentindo falta de reunir as pessoas para comemorar ocasiões especiais da vida”.
Conforme a pesquisa da Abracinov, 30,7% dos consumidores gastam de R$ 51 a R$ 100 com as comidas juninas. O mesmo índice é para o ticket médio que varia de R$ 100 a R$ 200. Outros 10,7% apontaram o valor de R$ 201 a 400, 16% indicaram a quantia de até R$ 50 e 5,3% não souberam opinar.
Preço da Hora
Com produtos para a festa junina inflacionada este ano, o aplicativo Preço da Hora, que toma por base as informações extraídas das notas fiscais eletrônicas armazenadas na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-PB), auxilia na pesquisa dos menores preços dos produtos e ingredientes mais consumidos no mês junino. O aplicativo está disponível nos sistemas IOS e Android, ou acessar direto no site (www.precodahora.pb.gov.br).
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 23 de junho de 2022.