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ATUAÇÃO APRIMORADA

PMPB consolida doutrina de ensino

publicado: 22/07/2024 09h32, última modificação: 22/07/2024 09h32
Redefinição faz parte de novo modelo adotado pelo Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado
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Junto às crianças, a Polícia Militar capta um colaborador para o futuro |Fotos: Divulgação/PMPB
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O grupo age contra a criminalidade em locais de difícil acesso
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Nas ações de combate, os grupos especiais utilizam o helicóptero
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O grupo age contra a criminalidade em locais de difícil acesso
Nas ações de combate, os grupos especiais utilizam o helicóptero

por Marcella Alencar*

“Quando se fala em operações especiais, logo vem à cabeça aquele filme “Tropa de Elite”, o Bope e a ideia do combate e repressão, principalmente do crime”. Essa é a impressão que o tenente-coronel Wherick Felício, do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (Copesp) vem tentando modificar ao longo deste último ano. O intuito é aproximar o policial militar da população, além de melhorar ainda mais sua atuação. Com uma nova doutrina de ensino e com requalificação de todo o efetivo da polícia, o Copesp vem desenvolvendo um novo modelo no estado, com a requalificação e por meio de uma nova doutrina de ensino no estado.

É por meio do Copesp que o serviço de operações especiais, anteriormente conhecido como Batalhão de Operações Policiais Especiais, se eleva para também operar no nível estrutural da corporação. Essa estrutura, diferente da presente em outros estados, agrega ao Comando de Operações Especiais funções administrativas, operacionais, de planejamento e de educação, como informou a assessoria da Polícia Mlitar da Paraíba (PMPB).

Com essa nova organização, o tenente-coronel Wherick Felício tem a intenção de diminuir o hiato entre população e instituição, além de reorganizar as unidades de ação do Copesp: “Há ainda, por parte da população, esse estigma em relação ao nosso trabalho porque nós trabalhamos também com a repressão”, comentou o comandante do Copesp. “O coronel Sérgio Fonseca e o governador João Azevêdo vêm nos ajudando nessa construção”, explicou.

A nova unidade da PM paraibana completa, no próximo dia 25, um ano de atuação.

Bope se formata e melhora a gestão na instituição 

Com essa mudança, agora a estrutura do antigo BOPE se formata em batalhões chamados de grupamentos ou deparamento. Essa divisão prioriza uma melhora na gestão e nos processos dentro da instituição. São três unidades: Grupamento Especializado de Operações em Área de Caatinga (Geosac); Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate); e o Departamento de Instrução e Ensino Especial da Polícia (Diesp) — órgão de ensino e instrução.

É por meio dessas unidades que boa parte da ação policial ocorre. Elas abrigam três métodos de operações: as ações diretas, que são ações de comando; as ações indiretas, que envolvem a aproximação com a população, a exemplo das ações cívico-sociais; e o reconhecimento operacional, que envolve ir a campo checar os dados passados pelos serviços de investigação das polícias Federal e Civil.

O comandante Wherick enfatiza que existe uma grande importância no trabalho realizado por Aciso, pois ajuda a trazer a população para perto da polícia: “Nós buscamos captar recursos positivos. Quando eu trago uma criança e a faço entender que a polícia é amiga dela, estou captando um colaborador de futuro”.

Grupamento de Ações Táticas

Essa unidade é responsável por atender as ocorrências com reféns, bombas ou terrorismo. Uma das ações importantes realizadas pelo Gate neste mês, de acordo com o tenente-coronel, foi o desarmamento de uma bomba em Cuité, no início deste mês.

PM tem grupamento especializado no combate ao crime dentro da Caatinga

O grupo age contra a criminalidade em locais de difícil acesso
O grupo age contra a criminalidade em locais de difícil acesso

Esse grupamento surge com o propósito de combate à insurgência criminal e em áreas conflagradas, além de trabalhar com crimes ligados ao narcotráfico, principalmente nas divisas do estado, conforme explicado por Wherick. Ele disse ainda que há uma legislação que está para ser aprovada para modificar o nome para Grupamento Especial de Operação no Sertão e Ações de Comando (Geosac).

De acordo com o oficial da Polícia Militar, uma das ações importante atualmente do Geosac é a parceria que vem se construindo e se dialogando com a comunidade rural. “Estamos sistematizando e empregando o radiopatrulhamento, como foco no policiamento da comunidade, principalmente com o 6º Batalhão de Cajazeiras e o 14º Batalhão de Sousa”, pontuou.

CE supervisiona cursos e estágios para as missões

Nas ações de combate, os grupos especiais utilizam o helicóptero
Nas ações de combate, os grupos especiais utilizam o helicóptero

Subordinada ao Copesp e vinculada ao Centro de Educação (CE) da PMPB, essa unidade tem a finalidade de supervisionar e coordenar a condução dos cursos, estágios e instruções correlacionadas às missões do GATE e do Geosac.

De acordo com Wherick, é importante destacar uma ação forte do Diesp, ou seja, requalificar todo o efetivo de radiopatrulhamento da Paraíba. “Passaram pelo curso mais de duas mil pessoas, com ensinamentos de legislação aplicada, de abordagem, entre outros”, explica.

Equipe de inteligência

O Copesp desenvolve o serviço com orientação da Inteligência da Polícia Militar em conjunto com o serviço de investigação da Polícia Civil e da Polícia Federal: “Nós do Copesp somos a equipe de ‘ponta de lança’ da inteligência, que difere do serviço de investigação, porque nós somos órgão de execução do serviço de inteligência da PM”, disse o comandante da mais nova unidade da corporação, que ressalta a importância dessa ação para a confirmação de dados no campo.

Combate ao nacrotráfico

O Copesp vem realizando ações de combate às drogas nas divisas da Paraíba. Na manhã do dia 11 deste mês, um homem foi preso e foram destruídos 180 mil pés de maconha. O comandante comentou ainda que, em alguns casos, a operação de combate pode durar dias e muitas vezes envolve um grande risco: “Ser polícia é igual andar de moto. Você tem que saber onde está pisando. A grande realidade é que ser policial, você está correndo risco. Hoje, o Governo do Estado está investindo bastante em equipamento, seja em armamento, seja em estrutura, para que o policial se sinta mais protegido e motivado para trabalhar”, concluiu.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 22 de julho de 2024.