Notícias

Preço do milho em João Pessoa apresenta variação de até 66,67%

publicado: 08/06/2017 00h05, última modificação: 08/06/2017 01h14
venda de milho.jpg

De acordo com os comerciantes, a oferta do milho verde ainda está menor do que a procura nas feiras livres de João Pessoa - Foto: Ortilo Antônio

tags: milho , preço , joão pessoa , feira livre , são joão 2017


Teresa Duarte

O milho verde, principal ingrediente das comidas típicas das festas juninas já está sendo bastante procurado nas feiras livres de João Pessoa. A mão do milho, com 52 espigas, com ou sem palha, está com variação em torno de 66,67%, com preços entre R$ 30,00 a R$ 50,00. Uma variação bastante expressiva, principalmente para aqueles que adquirem o produto para comercialização das comidas típicas.

A esperança dos comerciantes é de que o preço da mão do milho apresente uma diminuição quando se aproximar o dia de São João. Na feira de Jaguaribe, a venda do produto está um pouco pequena, mesmo assim o cliente ainda pode encontrar boas espigas com preços entre R$ 30,00 e R$ 35,00. Já no Mercado Central, a mão do milho pode ser encontrada a R$ 30,00, podendo chegar até R$ 50,00.

Empasa

Desde 2011, agricultores da Paraíba e estados vizinhos recebem incentivos por parte do Governo do Estado para escoamento de suas produções do milho verde, com isenção das taxas de entrada e ocupação de área nos três entrepostos da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa). Neste ano, a mão do milho verde está sendo comercializada entre R$ 40,00 e R$ 50,00.

Conforme o presidente da empresa, José Tavares Sobrinho, a oferta do milho verde ainda está pequena. “A oferta está menor do que a procura, porém, ela tende a aumentar mais conforme a proximidade do São João”, explicou.

A sede da Empasa na Capital fica na Avenida Raniere Mazilli, s/nº, no bairro do Bairro Cristo Redentor; em Campina Grande, na Rua Doutor Vasconcelos, Bairro Alto Branco; e na cidade de Patos, Rua Projetada, 18, Bairro Jardim Magnólia.

Comerciantes

José Loureiro da Silva adquiriu o milho verde nos municípios do Conde e Alhandra e vende o produto na feira do bairro de Jaguaribe. Ele diz que muito embora a safra esteja boa, o produto está sendo vendido com preço alto para revenda. “Eu não entendo, no ano passado a safra foi péssima, enquanto que neste ano está sendo muito produtiva, porém, o preço do milho verde não baixou para nós revendedores, pois está sendo vendido ao mesmo preço do ano passado”, argumentou.

A mesma reclamação também é feita pelo senhor João Salustiano que comercializa o milho verde há 20 anos no Mercado Central. Ele está adquirindo o produto nos municípios do Conde e Mamanguape com preços que variam entre R$ 20,00 e R$ 25,00, dependendo do tamanho e qualidade da espiga. “Muito embora a safra esteja boa, o preço do milho teve uma queda na revenda este ano e não está dando um lucro que satisfaça o comerciante”, disse.

Consumidores

Reginaldo Paiva comercializa comidas de milho e disse estar achando o preço no momento muito alto. “A safra está boa e não se justifica vender a mão do milho a R$ 40,00”, afirmou.
Tércio Santos também vende comidas da época. “Comprei a mão de milho a R$ 40,00 o que se torna bastante caro quando nós vamos utilizar o produto para confecção de comidas. No ano passado o preço alto se justificava porque a safra foi ruim, mas neste ano a safra está muito boa, portanto, o preço deveria ser mais baixo”, observou.

Para Nazaré Silva, o preço está bom. “Estou comprando sete espigas por R$ 5,00. Estou gostando do preço em comparação com o ano passado. O preço era mais salgado e a qualidade do milho não era boa como está sendo neste ano”.

A opinião de Paulo Jean é a mesma. “Eu compro o milho para consumo de casa e adquiri sete espigas a R$ 5,00, mas já vi que a mão do milho está sendo comercializada a R$ 30,00. Estou achando o preço justo”.

Adilma Lopes também gostou dos preços. “Estou adquirindo as espigas de milho verde para comercializar comidas da época. Comprei uma mão de milho a R$ 30,00 e achei bom o preço em relação ao ano passado”, destacou.