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Prefeito de Bayeux, Berg Lima, é preso em flagrante por corrupção passiva

publicado: 06/07/2017 00h05, última modificação: 06/07/2017 08h15
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Berg Lima também é alvo de um pedido de abertura de CPI na Câmara de Bayeux para investigar a existência de servidores fantasmas - Foto: Edson Matos

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Wellington Sérgio

O prefeito de Bayeux, Berg Lima, foi preso em flagrante nessa quarta (5), pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, por suspeita de crime de corrupção passiva. Ele estaria extorquindo um empresário fornecedor da prefeitura, que gravou o recebimento do dinheiro, no valor de R$ 5 mil.

Nas imagens, após a contagem do dinheiro, o prefeito faz uma ligação para um secretário solicitando a liberação do empenho, que foi pedida pelo fornecedor durante o diálogo gravado."Me dê uma 'brechinha' para eu trabalhar, homem, eu estou precisando de um fôlego", diz o empresário.

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As informações são do promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPPB, Octávio Paulo Neto. De acordo com o promotor, o próprio empresário denunciou as pressões recebidas por parte do poder público.

Segundo a investigação, a prefeitura fazia o empenho para o pagamento, mas o recebimento só seria concretizado se o prefeito recebesse o percentual previamente acertado. O delegado de Defraudações de João Pessoa, Lucas Sá, que prendeu o acusado, afirmou que o valor cobrado ao empresário foi de R$ 5 mil para liberar o pagamento de R$ 15 mil, montante que seria parte de uma dívida no total de R$ 77 mil, pendente da gestão passada.

A primeira extorsão teria ocorrido no mês de abril. O delegado frisou que Berg Lima deve responder por corrupção passiva, peculato, extorsão e crimes referentes a administração pública. A Polícia também vai pedir o afastamento do prefeito do cargo.

O prefeito de Bayeux vem enfrentando uma série de denúncias desde o início do ano. Na Câmara Municipal da Cidade, Berg Lima é alvo de um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O objetivo é a investigação da existência de servidores fantasmas no município. O pedido de apuração foi feito pelo ex-secretário da Indústria e Comércio da cidade, Ramon Acioly. Ele alega que há servidores na folha de pagamento da prefeitura que nunca compareceram ao trabalho. Outra polêmica diz respeito à instalação de um presídio federal na cidade. O gestor acabou desistindo do projeto após pressão dos moradores.