A busca por uma nova alternativa para melhorar a renda familiar, aproveitando as potencialidades agrícolas de suas propriedades, levou 60 agricultores familiares do município de Juru, que fica localizado próximo à cidade de Princesa Isabel, no Sertão, a cultivar maracujá em 50 hectares e uma produtividade considerada razoável, mediante as condições climáticas. O maracujá será vendido no próprio município de Juru, nas feiras livres e nas fábricas de polpa de frutas da região.
Orientados pela extensão rural promovida pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), antiga Emater, agora partem para a organização, ampliando a comercialização. Além de Juru, em outros municípios da região, agricultores estão aderindo ao cultivo de maracujá, conscientes da importância desta cultura e da possibilidade de conquista de mercado.
No ano passado, uma fábrica de polpa comprou a produção de maracujá com pelo menos 50 plantadores sendo acompanhados pelos extensionistas rurais. Num Dia de Campo realizado no município, foram apresentadas as potencialidades desta cultura na região, as vantagens de seu cultivo e daí em diante, levando mais agricultores a se interessaram pelo seu cultivo. “O plantio de maracujá cresceu ainda mais depois deste evento, não somente em Juru, mas em outros municípios da região”, lembrou o extensionista rural Josemilton Gomes de Matos, gerente local da Empaer. O curso ministrado pelo professor Ely Martins ajudou muito a despertar o interesse pelo cultivo de maracujá.
Para o fortalecimento ainda mais desta atividade, a Gerência Regional da Empaer em Princesa Isabel, está programando a realização de novos cursos sobre manejo do cultivo de maracujá, inclusive para melhor aproveitamento da produção. “Ainda temos muitos produtores carentes de tecnologias mais adequadas na condução da cultura”, comentou o gerente regional Hermes Maia.
O produtor Fabiano Lourenço da Silva, do sítio Caatingueira, trabalha com uma área de 1 hectare irrigado por gotejamento em maracujá amarelo, com aproximadamente 1250 plantas, já esperando colher, pela previsão, pelo menos 12 toneladas. A família também trabalha com os produtos tradicionais como milho e feijão, algumas hortaliças e fruteiras.
No sítio Várzea, o produtor Lenivaldo Lourenço trabalha numa área de 0,5 hectares, em regime de parceria com o proprietário Fernando Marcolino Ramos.