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Projeto resgata e conserva fósseis em Sousa

publicado: 13/09/2024 09h08, última modificação: 13/09/2024 09h08
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Iniciativa mobiliza professores e estudantes da UEPB | Foto: Divulgação/Projeto Rio do Peixe

O Projeto Rio do Peixe, desenvolvido por estudantes e pesquisadores do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia (Labap) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), tem se dedicado a um extenso trabalho de conservação de fósseis de pegadas de dinossauros, identificados nos sítios arqueológicos do município de Sousa.

Com apoio da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secties-PB), em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba  (Fapesq-PB), a iniciativa de pesquisa e educação vem promovendo expedições e explorações na Bacia Sedimentar do Rio do Peixe, região onde são identificados os vestígios pré-históricos a serem levados para o laboratório.

Sob orientação do guia local Luiz Carlos, conhecido por trabalhar, há mais de 30 anos, em buscas de fósseis na área, as atividades de campo do projeto representam, além de uma contribuição importante para o mapeamento das riquezas arqueológica e paleontológica do Estado, uma oportunidade para que estudantes universitários desempenhem, na prática, técnicas de fotografia, vídeo, scanner e anotações, para garantir que os fósseis e seus dados sejam obtidos com precisão. De volta ao laboratório, a equipe executa atividades de tombamento e de registro dos materiais recolhidos, além de higienizá-los e organizá-los para uso em pesquisas futuras.

“É uma experiência riquíssima, tanto pela questão da importância do projeto na Paraíba quanto para o mundo da Arqueologia. Enquanto aluno de graduação de História, é uma excelente oportunidade participar de um projeto científico onde eu possa colocar todo o conhecimento adquirido na universidade em prática”, afirma o estudante Eduardo Bruno, um dos bolsistas do Projeto Rio do Peixe.

Outra bolsista, a estudante de Biologia Aniele Rodrigues, frisa a representatividade de sua participação na iniciativa. “Atuar como mulher pesquisadora é bastante significativo, pois contribuo para a quebra de barreiras de gênero em áreas tradicionalmente dominadas por homens. Além disso, o fato de mulheres estarem cada vez mais presentes e atuantes nessas áreas serve como exemplo para futuras gerações de pesquisadoras, incentivando uma maior diversidade e inclusão no campo científico”, destaca.

Idealizado pelo professor, pesquisador, arqueólogo e paleontólogo Juvandi de Souza Santos, o Projeto Rio do Peixe teve início em julho deste ano, e a expectativa do grupo responsável por ele é concluir sua primeira etapa em março de 2025, com a realização do 1o Simpósio Paraibano de Arqueologia e Paleontologia. A programação do evento, a ser sediado em Sousa, deverá incluir palestras, mesas-redondas e uma visita ao Museu do Vale dos Dinossauros.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 13 de setembro de 2024.