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Seminário que discute o SUS diante das violências acontece em João Pessoa

publicado: 22/03/2018 00h47, última modificação: 22/03/2018 00h47
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No final do evento, será elaborada uma carta feita por representantes da sociedade dirigida à própria sociedade - Foto: Secom-PB

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Redação com Secom-PB

Autoridades em saúde coletiva de todo país, profissionais de saúde, estudantes universitários e a população em geral participaram, na terça-feira (20), da abertura do seminário ‘O SUS diante das violências: vivências, resistências e propostas’. O objetivo é discutir e entender as violências no SUS e apontar sugestões para enfrentar problemas. O evento é da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e continuou nesta quarta-feira (21), prosseguindo nesta quinta-feira (22), no Espaço Cultural, em João Pessoa.

A organização do seminário é uma parceria da Secretaria de Estado da Saúde (SES), do Grupo de Pesquisa de Educação Popular em Saúde, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Educação, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com a Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, da Abrasco. A secretária Executiva de Estado da Saúde, Maura Sobreira, esteve na abertura do evento.

“Esta é uma temática que transcende a questão da saúde e na Paraíba várias ações de sucesso, neste sentido, vêm sendo realizadas, a exemplo de investimentos na área da educação e ações bem-sucedidas na segurança pública, como a realização de concursos e qualificações e, no âmbito da saúde, há uma estruturação na rede de proteção às mulheres, qualificando os municípios, pois temos que buscar estratégias de enfrentamento e ficar mais vigilantes”, disse Maura.

Para a representante da Abrasco, Leny Alves, o evento discute o contexto atual no qual o país vive. “Que este seminário traga mais força e combustível para resistir a todas as formas de violência que estamos enfrentando hoje no Brasil”, falou.

O coordenador da Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, da Abrasco, Martinho Braga, falou sobre a dinâmica do evento. “A maior importância do seminário é o diálogo com a sociedade e, no final, vamos elaborar uma carta, feita por representantes da sociedade, dirigida à própria sociedade”, informou.

Logo após a abertura oficial, houve a mesa redonda ‘Introduzindo o debate: o SUS diante das violências’, apresentando a história e desafios da aproximação da saúde coletiva com o tema; o valor das vivências, resistências e propostas construídas coletivamente e desafios políticos para a superação das violências.

Nesta quarta-feira (21), das 8h30 às 21h, foram realizados painéis e rodas de conversa sobre diversos assuntos, entre eles, as violências nas relações de gênero contra o profissional de saúde; praticada pelos serviços de saúde; violência e assistência à população indígena e racismo na assistência em saúde. Foram realizadas ainda feira cultural, com músicas e poesias sobre o tema e, para encerrar o dia, o ‘Forró CafuSUS’.

Já nesta quinta-feira (22), das 8h30 às 15h30, terá mesa redonda com a produção da ‘Carta de João Pessoa’; rodas de conversa e o encerramento será com o compartilhamento e debate das reflexões das diferentes rodas de conversa.

Durante os três dias de evento, ocorre a participação de palestrantes do país inteiro, de várias instituições, a exemplo da SES-PB, Fiocruz, UFPB, UERJ, UFRR, UFBA; consultores técnicos do Ministério da Saúde; lideranças comunitárias; médicos da família e estudantes universitários, que vão falar de temas como “o estudante diante das violências nos cenários de práticas de sua formação nos diversos cursos de saúde”.

O Seminário será preparatório para o Abrascão 2018, que ocorrerá no Rio de Janeiro e para  o 8º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, da Abrasco, que também será na capital paraibana, em setembro de 2019.