A Secretaria de Estado da Saúde (SES) já deu início às ações alusivas ao “Dezembro Vermelho” com a realização, nesta quinta-feira (28), do II Seminário Anual de Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais, que visa discutir ações de enfrentamento para estas doenças. Na pauta foram abordados testagem rápida, acesso aos medicamentos, continuidade do tratamento e contaminação entre gestantes e bebês. A iniciativa reuniu representantes de todas as gerências de saúde, maternidades públicas e privadas, no auditório do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Paraíba (Cerest).
A transmissão vertical se dá de mãe para filho, seja pelo parto, na gestação ou através da amamentação. A coordenadora do Núcleo de IST e AIDS do estado, Joana Ramalho, explica que a Paraíba tem avançado em ações para prevenção e controle das ISTS por meio do protocolo clínico de prevenção vertical e da implantação do tratamento em toda atenção básica.
De acordo com as informações apresentadas no Seminário, o perfil das pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) vem mudando ao longo dos anos, crescendo na faixa de idosos, de pessoas com maior escolaridade e fora dos chamados grupos de risco. João Pessoa e Santa Rita concentram a maior notificação de casos das ISTs, devido ao volume mais elevado de pessoas e testagens realizadas.
Ainda de acordo com a coordenadora do Núcleo de IST e AIDS, Joana Ramalho, um dos maiores desafios está em conscientizar a população sobre a prevenção e o tratamento destas doenças. “A Paraíba está abaixo da média nacional em relação aos índices destas ISTs, porém é importante dialogar com a população e profissionais de saúde para identificar precocemente as doenças, aumentando a chance do tratamento efetivo e com maior chance de cura ou controle, no caso do HIV/AIDS”, explica a coordenadora.
A Paraíba conta com aproximadanente 90% das Unidades de Saúde da Família aptas a realizar a testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatites. Após o diagnóstico, o paciente é encaminhado para realizar os protocolos de controle da IST. Em João Pessoa, o Complexo Hospitalar Clementino Fraga é referência para o tratamento destas doenças. A médica da unidade e palestrante do Seminário, Juliana Barbosa, chama atenção para a eficácia do tratamento “Em relação a Hepatites virais, por exemplo, o tratamento é feito via oral, durante um período médio três meses e possui cura acima de 95% dos casos”, enfatiza a médica.