Teresa Duarte
De janeiro até o último dia 14 a Secretaria de Estado da Saúde registrou 1.177 casos de conjuntivite na Paraíba. Os dados foram contabilizados em todos os municípios paraibanos pelo Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da Secretaria Estadual de Saúde, sendo bastante elevados em relação ao ano anterior, quando foram registrados 1.777 casos de janeiro a dezembro.
Conforme a gerente operacional do núcleo, Izabel Sarmento, esse número não representa um surto porque a conjuntivite não é uma doença compulsória. “Na verdade o que a população deve tomar são alguns cuidados porque esse número está dentro do esperado para o período, por conta das chuvas”, explicou.
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva e pode ser causada por diversos agentes etiológicos, ou seja, vírus, bactéria ou fungos, podendo ser contagiosa se não for alérgica. Portanto, requer a prevenção, através de medidas simples, a exemplo da lavagem das mãos sempre após e antes do uso de pomadas ou colírios, e aquelas pessoas que contraírem a doença, devem evitar sair de casa se afastando do ambiente de trabalho para não contaminar outras pessoas.
Izabel Sarmento revela que, no momento, a Secretaria Estadual de Saúde faz algumas recomendações à população. “A nossa orientação é que no momento as gerências regionais deem suporte aos municípios para que o posto de saúde junto com as escolas realizem atividades orientando a população sobre as medidas de prevenção a conjuntivite, já que esse é o único meio de combater essa doença, lembrando sempre que ela deve ser tratada com acompanhamento de um oftalmologista”.
Em João Pessoa, segundo a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, neste ano já foram notificados 2.214 casos até o dia de ontem. Segundo a oftalmologista e coordenadora da oftalmologia, Socorro Melo, da Rede Municipal de Saúde, o aumento do número dos casos se justifica pela época do ano, alertando a população sobre os sintomas. “Estamos vivendo um surto de conjuntivite viral, em função dos altos índices da doença em João Pessoa, e quem contagia a doença se queixa de olhos vermelhos, dores nas pálpebras, lacrimejamento, secreção ocular e visão borrada. É preciso cuidado no uso da alta medicação, já que a doença causa sequelas oculares", alertou Socorro Melo.