Uma operação conjunta realizada, ontem, no município de Caiçara, no Agreste paraibano, resultou na interdição de uma queijeira que funcionava de forma clandestina e em condições sanitárias inadequadas. A ação foi conduzida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), em parceria com a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) e a Polícia Militar da Paraíba (PMPB).
De acordo com o presidente do CRMV-PB, o médico-veterinário José Cecílio, o estabelecimento operava sem registro junto aos órgãos competentes, não possuía responsável técnico e apresentava sérios riscos à saúde pública.
“No local, foram constatadas diversas irregularidades, como o uso de água sem tratamento, ambiente em desacordo com as normas sanitárias, equipamentos enferrujados e presença de moscas dentro do leite que seria processado, além de galinhas e fezes no mesmo espaço onde os produtos eram manipulados e guardados”, relatou.
Durante a ação, o CRMV--PB lavrou um termo de constatação e um auto de infração. A Sudema aplicou multa ambiental e a Agevisa instaurou um processo sanitário, determinando a interdição imediata do estabelecimento.
O coordenador de fiscalização do CRMV-PB, José Augusto, reforçou a importância da responsabilidade técnica nesses espaços. “Locais como esse devem contar com um responsável técnico devidamente registrado no CRMV--PB. Isso garante a segurança e a qualidade dos alimentos que chegam à mesa da população”, afirmou.
Abatedouro é embargado por despejo fora da norma
Um abatedouro de aves localizado no Distrito Industrial de Mangabeira, em João Pessoa, foi interditado por despejar esgoto sem tratamento em afluentes do Rio Cabelo. A irregularidade foi constatada pela Sudema, durante uma ação de fiscalização da Operação Praias Limpas, na última quarta-feira (30).
A vistoria constatou que o estabelecimento desviava o esgoto para a rede de drenagem pluvial, sem passar por nenhum sistema de tratamento. Para comprovar o crime ambiental, os fiscais adotaram recursos tecnológicos de vídeo-inspeção por robô e um insuflador de fumaça, confirmando a existência de uma ligação clandestina que levava os resíduos diretamente para a galeria de drenagem.
Diante do que foi identificado, a Sudema embargou o funcionamento do abatedouro, até que todas as irregularidades sejam corrigidas, além de ter multado o empreendimento em 142 vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência da Paraíba (UFR-PB), totalizando cerca de R$ 10 mil. O responsável foi encaminhado à delegacia.
A operação contou com o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) de João Pessoa, da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) da capital, da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) e do Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb).
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 1º de agosto de 2025.