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Mulheres estão sendo monitoradas e bebês não desenvolveram microcefalia

Arboviroses avançam: zika vírus infecta 11 gestantes na Paraíba

publicado: 15/06/2022 09h10, última modificação: 15/06/2022 09h10
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Foto: Agência Brasil

por Ana Flávia Nóbrega*

Neste mês de junho, a Paraíba já registra 11 novos casos de gestantes infectadas pelo zika vírus. Só na última semana foram nove casos confirmados. O crescimento de casos preocupa, principalmente entre as gestantes, para que não haja o desenvolvimento da síndrome congênita da doença, com a microcefalia nas crianças como uma consequência, já que a zika é a principal causadora de microcefalia em bebês.

Apesar da situação alarmante, nenhuma das gestantes acompanhadas apresentaram a síndrome nos bebês. Duas das 11 infectadas pelo zika vírus já deram à luz e as crianças nasceram sem afetação pelo vírus. As demais estão em monitoramento.

“É importante frisar que essas gestantes não apresentam a síndrome do zika vírus, que é a microcefalia para crianças. Dessas gestantes, duas já pariram seus bebês e estão bem. Tem mais duas no primeiro trimestre e outras no segundo trimestre, então estão sendo acompanhadas pela Secretaria de Saúde e pela secretaria de seus municípios. Mas até o momento nenhum diagnóstico de microcefalia. São gestantes que estão tendo sua gestação sem intercorrência e também para as duas que já tiveram seus filhos. Sem intercorrência também”, declarou Jhony Bezerra, secretário executivo de Estado da Saúde.

De acordo com dados do monitoramento diário de arboviroses urbanas, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), a Paraíba registra 601 casos de zika; 11.345 casos prováveis e dois óbitos confirmados de chikungunya; e 17.765 casos prováveis de dengue, com três óbitos confirmados da doença. No total são 29.711 casos prováveis de arboviroses, com cinco mortes confirmadas e onze em investigação.

“Este aumento do número de arboviroses é bastante expressivo, a gente vai em mais de 29 mil casos de arboviroses, na sua maioria dengue e chikungunya. Aumenta a preocupação com gestantes que é um grupo de risco e pode apresentar, além de desenvolver dengue e chikungunya de forma mais grave, pode apresentar a síndrome congênita do zika vírus, em decorrência da microcefalia dessa criança. Então esse grupo vai ter uma atenção especial com utilização de repelentes e todos aqueles cuidados que toda a população deve ter com o combate ao mosquito Aedes aegypti”, afirmou o secretário.

O Estado monitora todos os casos de forma diária e alerta a população para os cuidados para erradicar o surto de arboviroses que todo o estado passa.

“Além do repelente é necessário verificar, principalmente em seu domicílio, garrafas, recipientes plásticos, armazenamento de água, tambores, vasos de plantas... Tudo isso tem que ser bem monitorado”, finalizou Jhony Bezerra.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 15 de junho de 2022