Lucas Campos
Nesta sexta feira (13), acontece o ato inter-religioso e multicultural “#30DiasPorMarielleEAnderson”. O evento terá início às 14h no pátio da Basílica Nossa Senhora das Neves e contará com a participação de entidades, movimentos sociais, partidos políticos, parlamentares, representações religiosas e ativistas culturais. Este ato faz parte de uma movimentação nacional e visa relembrar a vida e morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, além de reforçar pautas sócio-políticas.
Em manifesto convocatório, os organizadores do evento apontam a morte de Marielle e de Anderson como um duro golpe contra a frágil estrutura democrática do Brasil, que serviu também para deixar evidente a violência que atinge nosso povo. “Marielle foi um alvo preciso de toda estrutura patriarcal e prepotência do autoritarismo machista, racista e lesbofóbico construída na mente de grande parte do povo brasileiro”, afirmam os organizados do ato.
A mensagem de convocação para o ato também explica que Marielle era uma representação da mulher que não se curva mediante o patriarcado, a heteronormatividade e também ao racismo. Eles a classificam como protagonista de sua própria trajetória de empoderamento e dizem também que ela “não só assumiu sua negritude com orgulho, como também denunciou sistematicamente o genocídio da população negra”. Para os representantes do ato, enquanto vereadora, Marielle pôs o seu mandato a serviço da democracia.
Por fim, concluem ao deixar claro que a execução de Marielle Franco fez emergir singularidade e pluralidade. Singular em vida, por Marielle ser a convergência da mulher, negra, bissexual e da favela, que ousou contra todos os marcadores de exclusão e secundarização, assumir o papel de protagonista da sua vida. E plural, por ter se colocado no mundo e mostrado para todos que a luta pela emancipação humana só é possível através do combate às dominações de gênero, raça e classe.