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Baía da Traição: Ricardo assina OS para construção de ponte

publicado: 05/10/2017 00h05, última modificação: 05/10/2017 01h19
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Ponte sobre o Rio Sinimbu, vai beneficiar os indígenas da Aldeia São Miguel, em Baía da Traição, Litoral Norte do Estado - Foto: Secom-PB

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O governador Ricardo Coutinho assinou, na última terça-feira (3), a Ordem de Serviço para a construção da Ponte sobre o Rio Sinimbu, obra que vai beneficiar os indígenas da Aldeia São Miguel, em Baía da Traição, Litoral Norte do Estado. A previsão é que dentro de 120 dias os moradores, inclusive crianças e idosos, deixem de correr riscos diários, tendo de fazer a travessia sobre uma ponte de madeira. Com recursos próprios do Tesouro Estadual, serão investidos R$ 715.967,42 na nova estrutura, que terá vigas de concreto armado pré-moldadas.

Participaram da solenidade de assinatura da Ordem de Serviço os secretários João Azevedo, da Secretaria de Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia; da Secretaria Executiva da Pesca, Sales Dantas; o diretor-superintendente do Departamento de Estrada de Rodagem (DER), Carlos Pereira; e os deputados João Gonçalves, Ricardo Barbosa, Edmilson Soares e Trócolli Júnior, além de lideranças indígenas e comunitárias. A prefeita de Mamanguape, Eunice Pessoa, também esteve presente.

Na ocasião, Ricardo destacou a importância da obra para a comunidade indígena da Baía da Traição, e que o Estado tem promovidos ações a favor de todos os paraibanos. “Há cerca de um ano, inauguramos os acessos às aldeias indígenas, com recursos próprios do Governo do Estado de mais de R$ 3,2 milhões”, disse. “É um compromisso meu colocar a nação Potiguara dentro da agenda pública. Um Estado que não consegue reconhecer os seus membros, as suas etnias, os seus segmentos, não é de todos. Temos de construir um Estado para todos, principalmente para os que mais precisam”, prosseguiu.

Já o secretário João Azevedo ressaltou a relevância social que a construção da ponte sobre o Rio Sinimbu terá para as comunidades indígenas. “A importância de uma obra está, sobretudo, no seu objetivo maior, que é promover melhorias na vida das pessoas. É um equipamento que custará relativamente pouco diante das grandes obras que o Governo do Estado tem realizado, mas que melhorará significativamente a vida dessa comunidade, que sonhava há muito tempo em deixar de correr riscos”, afirmou.

Expectativa

Além de lideranças políticas do Vale do Mamanguape, a solenidade de assinatura da Ordem de Serviço foi prestigiada por muitos indígenas, que esperam com ansiedade ver a obra concluída.
Maria do Socorro da Conceição cresceu na aldeia São Miguel. Ela diz não ter ideia dos acidentes que já aconteceram por conta das péssimas condições estruturais da atual ponte. “Essa ponte foi construída pela própria comunidade, que compra e coloca as tábuas quando estão podres. Tenho três netos que passam todos os dias no ônibus da escola em cima dessa ponte. Fico com o coração na mão. Quero que essa obra seja feita logo”, disse.

Juliane Ferreira, da aldeia Estiva Velha, destacou que a obra vai proporcionar inclusão aos moradores de mais de 15 aldeias beneficiadas diretamente. “Vejo diariamente a situação de quem é deficiente físico ao passar sobre essa ponte – se é que podemos chamar de ponte. Quando estiver pronta, essa ponte vai melhorar até os nossos festejos religiosos”, comentou.
Ao todo, serão beneficiadas com a construção do equipamento mais de 8 mil pessoas diretamente, de aldeias como Laranjeira, Santa Rita, Estiva Velha e Bento.