A estudante Gabriela Lima, 21 anos, reservou um tempo na agenda ontem para ir à Policlínica Municipal de Mandacaru, em João Pessoa, e se imunizar contra a influenza, cuja Campanha Nacional de Vacinação, iniciada no dia 10 de abril, se encerra hoje. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), cerca de 70% do público-alvo já se vacinou na Paraíba, totalizando mais de um milhão de doses aplicadas.
Para Gabriela, ir a um posto de saúde e tomar a dose também é um gesto de amor ao próximo. “Essa é uma campanha super importante porque previne os casos graves da gripe. Moro com uma tia que tem comorbidade, então estou me protegendo e pensando nas pessoas que amo”, disse a jovem.
A Paraíba é o primeiro estado do Nordeste e o segundo do Brasil em maior número de imunização, porém, ainda não atingiu a meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de uma cobertura de 90%. O secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra, declarou que a população ainda tem tempo de comparecer aos mais de mil postos de vacinação distribuídos nos municípios para receber as doses.
“A Paraíba segue com um bom percentual de vacinação, mas a nossa meta é alcançar 90%. Então, acredito que a gente ainda possa avançar ainda mais. Lembrando que 50 municípios da Paraíba conseguiram chegar em torno de 90% de imunização”, enfocou Jhony Bezerra.
Segundo o secretário, a Paraíba liberou um incentivo de R$ 300 por sala de vacinação para as cidades que atingirem a meta de 90% de aplicação da dose contra influenza em adultos e também em crianças. “O Estado segue liderando o ranking da influenza no Nordeste e a gente faz o convite à população que não se vacinou para que compareça aos postos de saúde. A vacina contra a influenza está disponível para todo o público acima de seis meses de vida. É importante vacinar todos, sobretudo as crianças. A gente está num período de sazonalidade, então há um aumento da circulação viral, de adoecimento das crianças de forma grave, sobretudo aquelas não vacinadas. Entre os públicos mais vulneráveis estão também os idosos, e a gente precisa avançar com a aplicação das doses”, frisou Jhony.
Cidades podem vacinar até o fim dos estoques
A coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado, Márcia Mayara Queiroga enfocou que a vacinação é uma das formas mais importantes para prevenir as complicações da gripe, a hospitalização, o desenvolvimento de quadros graves da doença e o óbito, contribuindo para a redução da circulação viral na população. Segundo ela, existe uma sinalização do Governo Federal de que a campanha não será prorrogada.
“Estamos aguardando a nota oficial do Ministério da Saúde para essa confirmação. Mas aqueles municípios que possuem estoque da vacina podem continuar vacinando a população elegível para receber as doses da influenza”, salientou Márcia.
Ela disse que é importante os municípios continuarem intensificando a imunização, principalmente nas pessoas incluída nos grupos de risco que são as gestantes, puérperas, as pessoas com comorbidades, crianças, indígenas e professores. Márcia Fernandes contou que há casos na Paraíba de circulação do vírus da influenza A e a influenza B, que podem ser combatidos com a aplicação da vacina.
“Apesar de estarmos em primeiro lugar na vacinação no Nordeste e em segundo lugar no Brasil, ainda temos uma cobertura baixa em idosos e em crianças. A gente precisa atingir uma meta de 90%. Por isso, é importante os municípios continuarem fazendo o chamamento junto à população. As pessoas devem ir ao posto mais próximo de casa para receber as doses”, finalizou.
Saiba Mais
O Ministério da Saúde informa que durante a campanha estão aptas a se vacinar contra a influenza crianças de seis meses a menores de seis anos de idade, gestantes, puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde, idosos com 60 anos e mais, professores das escolas públicas e privadas, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, profissionais das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 31 de maio de 2023