Por ano, o câncer de intestino, também conhecida como câncer de colorretal ou do cólon e reto, atinge aproximadamente 400 paraibanos e em todo o país a projeção é de 46 mil novos casos anualmente durante o triênio 2023-2025.Ainda de acordo com informações do órgão, este é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres no Brasil.
A estimativa é o Instituto do Câncer (Inca). Dada a complexidade e gravidade, a campanha “Março Azul” são realizadas diversas atividades educativas com o objetivo de incentivar a população à práticas preventivas. Uma das atividades é a exposição “Instestino Gigante”, que foi aberta na última quinta e será encerrada hoje, no Espaço Cultural.
O Intestino Gigante conta com uma estrutura inflável de 20 metros de comprimento e 3,5 metros de altura, a qual pode ser percorrida pelos visitantes, que entenderão mais detalhes acerca do funcionamento do intestino grosso. Além disso, durante o percurso, os visitantes recebem informações de médicos e especialistas a respeito da prevenção, diagnóstico e tratamento de outras doenças neste órgão pertencente ao sistema digestório humano.
Estrutura conta com 20 metros de comprimento e 3,5 metros de altura que garantem ao público ver o intestino por dentro
Parceria
A exposição “Intestino Gigante”estará aberta ao público até às 20h de hoje, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, localizado no bairro de Tambauzinho, em João Pessoa.
“Intestino Gigante” é uma exposição organizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Escola de Saúde Pública (ESP-PB), em parceria com a Sociedade Paraibana de Coloproctologia (SPCP), a Associação Brasileira de Prevenção de Câncer de Intestino (Abrapreci) e a Famene,
Segundo Rivaldo Serrano, cirurgião oncológico, há diversos aspectos que propiciam o surgimento da doença. “Depende de uma combinação de vários fatores, entre eles os genéticos, ambientais e estilo de vida. Podemos destacar a idade (acima de 45 anos, por isso a importância de realizar exames preventivos), histórico familiar (principalmente primeiro grau), condições genéticas, doença inflamatória intestinal, tabagismo, álcool, sedentarismo e obesidade”, destacou o médico especialista.
Lesões nocivas
A doença se desenvolve a partir da presença de pólipos, pequenas lesões no interior do intestino que, se não forem tratados, podem evoluir e vir a se tornar câncer.
Além disso, o cirugião oncológico, Rivaldo Serrano, destacou que é importante manter uma rotina saudável é crucial para a prevenção para evitar o câncer de intestino. “Fatores que influenciam o surgimento são aqueles fatores de risco, sendo os principais: tabagismo, obesidade, histórico familiar e presença de pólipos”, destacou.
“O câncer colorretal tem prevenção e a principal forma é a realização do exame de colonoscopia a partir dos 45 anos. Tentamos identificar pólipos que podem virar câncer com o passar do tempo. A realização desse exame antes dos 45 anos vai depender do histórico pessoal e familiar”.
O tratamento do câncer de intestino é feito com base nas condições de cada paciente. “Após a realização do diagnóstico é definida a estratégia de tratamento individualizada para cada paciente e isso pode incluir a cirurgia, quimioterapia e radioterapia”, pontua.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 16 de março de 2024.