Mais de 60 toneladas de cabos e fios irregulares de internet, telefonia e TV a cabo foram removidas pela Energisa, em seis meses na Paraíba. A situação é generalizada, principalmente nas cidades do interior com mais habitantes, a exemplo de Sapé, onde na última sexta-feira (14), uma força-tarefa foi feita, contando com dez equipes em campo. Ações de fiscalização estão sendo realizadas diariamente para a remoção dos materiais irregulares.
Desde o início do ano, a Energisa já identificou e abriu cerca de três mil ordens de serviços em todo o estado para a remoção de fios irregulares. Só na Grande João Pessoa, já são mais de mil ordens de serviço atendidas. A empresa distribuidora de energia elétrica está atuando no combate às empresas de telefonia e internet que usam sua infraestrutura clandestinamente, isto é, sem a submissão de projetos e contratos.
Os materiais retirados ficam retidos na distribuidora de energia elétrica e são enviados para descarte sustentável após um período de 30 dias. Os equipamentos são cabos de internet, na sua maioria fibra óptica ou par metálico, e as suas respectivas caixas de derivação ou reserva técnica.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) regulam o setor e para a distribuidora, quando identificada alguma irregularidade, notifica-se as empresas responsáveis, sob pena de remoção dos cabos inadequados, além de possíveis cobranças referentes aos custos das ações empreendidas para a regularização das redes. Segundo a assessoria de comunicação da Energisa, “o maior desafio está no compromisso dos provedores de telecomunicação de não realizar a ampliação de cabeamento sem autorização e conhecimento da concessionária”.
Prejuízos
A utilização clandestina dos fios e cabos causa diversos problemas, tanto a Energisa quanto à população, pois gera a sobrecarga nas estruturas de postes, sonegação de impostos, concorrência desleal com outros provedores regularizados, poluição visual das ruas e, certamente, riscos de acidentes, já que a maioria não cumpre os requisitos de saúde e segurança do trabalho exigidos pela distribuidora de energia.
“A ocupação clandestina, sem autorização, sem cumprimento dos padrões técnicos e de segurança, entre vários problemas, traz sérios riscos ao fornecimento de energia e segurança à população. Dessa forma, Energisa tem combatido isso, intensificando a remoção dessas irregularidades, identificadas por meio de fiscalização e denúncias da própria população”, explica a gerente de Construção e Manutenção da Energisa Paraíba, Danielly Formiga.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 21 de julho de 2023.