A Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) vem realizando, continuamente, campanhas educativas em parceria com o Ministério Público para implementar a coleta seletiva de resíduos nos condomínios residenciais. Até o momento, 45 condomínios aderiram ao Programa Municipal Coleta Seletiva que teve início no ano passado.
O objetivo é fazer cumprir a Lei Estadual de número 10.041/2013, que determina a coleta seletiva de resíduos em condomínios com mais de três pavimentos. A Autarquia mecanizou o serviço com a utilização de caminhões que realizam esse trabalho. Desta forma, as associações de catadores apoiadas pela Emlur podem concentrar as atividades na triagem dos materiais. “O aumento de volume possibilita mais renda aos catadores, que vendem os materiais às indústrias para reaproveitamento”, declarou Ricardo Veloso, superintendente da Emlur.
Para ele, a coleta seletiva é essencial para a sustentabilidade. “A prática permite o reaproveitamento dos resíduos pelas indústrias por meio da reciclagem, reduzindo a utilização de novas matérias-primas”, frisou.
Condomínio
De acordo com o síndico Orival Nascimento Lima, do prédio Valle Nevado, localizado em Manaíra, a coleta seletiva foi implementada no condomínio há dois anos. Um morador sempre pontuava a importância da reciclagem para o melhor aproveitamento do lixo. “Entramos em contato com a Emlur para nos informar como funcionava o projeto, então recebemos orientação. Os condôminos abraçaram a causa e tem dado certo. Tanto os moradores como seus funcionários participaram da capacitação realizada pela Emlur”, contou. Além de ajudar o meio ambiente, a atividade é uma forma de facilitar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis, melhorando também sua renda.
Segundo informações da Emlur, a coleta seletiva é realizada em dias alternados. Os caminhões que realizam os serviços são diferentes dos que fazem a coleta domiciliar de resíduos úmidos e possuem identificação visual distinta. Conforme legislação estadual é obrigação dos condomínios disponibilizar recipientes para coleta seletiva. Os contêineres de coleta domiciliar deverão ser devidamente identificados. A sugestão é utilizar cor verde para os recicláveis (resíduos secos) e a cor cinza para os resíduos úmidos.
Pontos de entrega são colocados em praças
A Emlur disponibiliza, em praças públicas, pontos de entrega voluntária (PEVs) para que a população possa descartar materiais recicláveis. Os equipamentos recebem resíduos secos, como plástico, vidro, papel e metal. Durante o Carnaval, por exemplo, os equipamentos foram instalados na Via Folia e nos bairros com os maiores blocos do período da folia. O objetivo foi incentivar a utilização pelos cidadãos. Foram coletadas 10 toneladas de materiais recicláveis no Carnaval.
A Emlur tem realizado campanhas nas mídias para sensibilizar a população. O serviço de coleta seletiva é oferecido também a empresas e órgãos públicos. O superintendente Ricardo Veloso também cita o projeto “Coleta Seletiva é Arte na Escola”, que será retomado no próximo mês. “O objetivo é ensinar as crianças a separar os resíduos. É importante levar a conscientização nas unidades de ensino, de forma a propagar a mensagem nas residências das famílias”, disse.
A iniciativa, em parceria com a Secretaria de Educação e Cultura, foi lançada no final do ano passado e, em 2024, vai contemplar 18 escolas de tempo integral.
Serviço
A população pode solicitar a inclusão na coleta seletiva pelos telefones 3213 4237 e 3213 4238 e pelo aplicativo João Pessoa na Palma da Mão. Outra opção é pelo site da Prefeitura de João Pessoa, na plataforma Prefeitura Conectada. No caso dos síndicos dos condomínios residenciais, quando eles solicitam a inclusão na coleta seletiva, os agentes do Departamento de Educação Ambiental vão até o residencial para proferir palestras sobre como implantar o sistema de separação de resíduos entre secos (recicláveis) e úmidos (orgânicos e rejeitos).
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 22 de fevereiro de 2024.