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Editora a União

Conselho Editorial realiza 1ª reunião

publicado: 14/07/2023 11h58, última modificação: 14/07/2023 11h58
Grupo foi criado em 15 de junho deste ano. No encontro, vários projetos em andamento foram apresentados
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O Conselho Editoral, que se reuniu na sede do Jornal A União, é formado por membros que são reconhecidos na literatura paraibana, representando várias regiões do Estado, do Litoral ao Sertão - Foto: Evandro Pereira
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Foto: Evandro Pereira
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por Sara Gomes*

O Conselho Editorial da Editora A União realizou a primeira reunião ontem (12), na sede do Jornal A União, no Distrito Industrial. A criação do Conselho no dia 15 de junho de 2023, publicada no Diário Oficial, representa uma nova fase na política editorial, pois os membros são reconhecidos na literatura paraibana, representando várias regiões do estado, do Litoral ao Sertão. É também uma forma de garantir transparência nos recursos investidos pelo Governo do Estado. Desde a criação da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), 60 livros foram publicados na Editora A União, mas vários projetos em andamento foram apresentados na reunião.

Na ocasião, a diretora-presidente da EPC, Naná Garcez, agradeceu a contribuição e experiência de todos os conselheiros, pois são referência no cenário cultural e da literatura. Ela destacou também que o Conselho agrega diversas regiões da Paraíba. “Para a gente é motivo de grande satisfação, pois todos são vinculados à literatura na sua diversidade de gêneros: cordel, conto, crônica, romance, avaliando com afinco todo o material que passar pela Editora A União”, afirmou.

Em sua fala, o diretor de Mídia Impressa da EPC, William Costa, afirmou que a criação do Conselho representa a continuidade do projeto editorial da Editora A União. “Nosso objetivo é construir uma identidade cada vez mais forte para a nossa linha editorial, valorizando a produção histórica e cultural da Paraíba, mas também com o compromisso de abrir espaço para os novos talentos da literatura paraibana. Temos a preocupação de resgatar o passado mas também ficar atentos com a produção literária do presente”, disse.

O presidente do Conselho Editorial e gerente executivo da Editora, Alexandre Macêdo, apresentou o contexto histórico da Editora A União, em que o registro mais antigo sobre a produção de livros é de 1920, falando do livro “Eu”, de Augusto dos Anjos. “Uma livraria de São Paulo solicitou à imprensa oficial alguns exemplares do livro. Estou mencionando isso só para termos dimensão da responsabilidade dessa editora, que faz parte da história da Paraíba. Todos os clássicos foram publicados aqui. José Américo de Almeida publicou sempre pela Editora A União”, lembrou.

Alexandre Macêdo também citou as produções literárias no primeiro semestre de 2023, a exemplo de: “Paraíba na Literatura IV” (2ª edição), “Paraíba na Literatura I“ (1ª edição reimpressa), “Catarse Literária”, de autoria de Marina Oliveira; “Revolucionárias”, de Rui Leitão; “As calicáticas e outros pequenos contos: retalhos da infância”, de Fernando Figueira Júnior; e “O rato que roeu o rei”, de André Aguiar.

Ele ainda falou dos livros que aguardam lançamento: “História da imprensa na Paraíba: jornais e revistas”, de Gilson Souto Maior; “Hipotálamo”, de Mestre Fuba. Outros estão em produção: “Governantes da Paraíba”, de Hélio Zenaide e Marcos Cavalcanti; “Fernando Teixeira: a intuição criativa”, Luciana Dias; e “Biu Ramos: timoneiro da arca dos sonhos”, de Samuel Amaral.

A diretora-presidente da EPC, por sua vez, citou os livros esgotados na Editora: “Além do Ipiranga: a extraordinária vida de Pedro Américo”, de Thélio Farias; “Maestro Chiquito: o metalúrgico do som”, de autoria de Adeildo Vieira e “Revolucionárias”, de Rui Leitão.

Editora tem a missão de fomentar a cultura e preservar a memória

De acordo com Alexandre Macêdo, a Editora A União assumiu a função de guardião da literatura paraibana, além da missão de fomentar a cultura paraibana, através dos editais em parceria com a Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (Funesc), a exemplo do Prêmio José Lins do Rego, Juventude das Letras - que também acontece em parceria com a Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), além do Agosto das Letras. A editora também tem a missão de preservação da memória, a exemplo do projeto Paraíba na Literatura.

O poeta e escritor José Edmilson Rodrigues, representante da Academia de Letras de Campina Grande (ALCG) é suplente de Thomas Bruno. Para ele, a formação do Conselho da editora é um marco na produção literária da Paraíba e na cultura. “Achei muito pertinente a escolha dos conselheiros, fico lisonjeado por ser um deles”, declarou.

A coordenadora do Movimento Cordel das Rosas e membro da Academia Guarabirense de Letras e Artes e do Coletivo, Silvinha de França, ressaltou a importância de a EPC ter um olhar voltado para o segmento da literatura de cordel. “Esse ano vai ser celebrado o centenário da obra “Pavão Misterioso”, do poeta José Camelo de Melo Rezende. Precisamos levantar a bandeira da literatura de cordel. A gente sabe que tem muita gente produzindo, mas os outros gêneros tem mais visibilidade. O próprio formato do cordel, cadenciado a métrica e rima, faz com que o lado lúdico incentive a atenção da criança. Por isso iniciativas como essa são tão importantes”.

A jornalista e professora de Sociologia da UFCG, campus Cajazeiras, Mariana Moreira, destacou que o Conselho é composto por membros de diversas regiões da Paraíba. “Temos membros de Cajazeiras, Guarabira e Campina Grande para não centralizar apenas em João Pessoa. Me sinto lisonjeada em fazer parte, porque o Jornal A União já tem esse viés de valorização de pessoas que escrevem e de ser um espaço de veiculação da cultura. Hoje sou colunista do Jornal A União”, lembrou.

Fazem parte do Conselho dez membros, sendo cinco titulares e cinco suplentes, entre eles: o presidente e gerente executivo da Editora A União, Alexandre Macedo; Thomas Bruno de Oliveira, Academia de Letras de Campina Grande; Mariana Moreira Neto, Academia Cajazeirense de Artes e Letras( ACAL), Silvinha de França, do Cordel das Rosas; Luiz Augusto de Paiva, da União Brasileira dos Escritores da Paraíba.

Já os suplentes são: Clóvis Roberto Lopes, jornalista e chefe de Redação do Jornal A União; José Vilian Mangueira, professor da Universidade Estadual da Paraíba; José Edmilson Rodrigues, da Academia de Letras de Campina Grande; Ana Paula Cavalcanti, da Fundação Casa José Américo, e José Nunes da Costa, da Academia Paraibana de Letras. José Nunes e Luiz Augusto não puderam estar presentes.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 13 de julho de 2023.