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Depósito armazenava carne podre

publicado: 04/09/2024 09h14, última modificação: 04/09/2024 09h14
No local, os policiais encontraram animais doentes, insetos e grande quantidade de alimentos estragados
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O local onde as carnes foram encontradas armazenadas é considerado totalmente insalubre | Foto: Divulgação/PCPB

A Polícia Civil interditou, ontem, um depósito clandestino de carnes no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa. O dono do local, identificado como Luiz, foi preso e autuado em flagrante na Cidade da Polícia Civil, onde permaneceu à disposição da Justiça.

Segundo o delegado Eriberto Maciel, houve uma denúncia por meio do 197 (Disque Denúncia), sendo designada uma equipe de agentes que realizou diligências e constatou que a fábrica funciona em um local totalmente insalubre, com a presença de animais — inclusive gatos apresentando enfermidades —, poças de urina dos bichos, além de insetos.

O depósito, acrescentou o delegado Eriberto Maciel, é destinado para armazenar lixo, que era reciclado. “Se esse material for dado para animal, é caracterizado crime de maus-tratos. É totalmente inadequado para o consumo animal e de humanos”, disse.

A Vigilância Sanitária esteve no local, fez a inspeção, autuação e interdição do local. Peritos do Instituto de Polícia Científica também compareceram e realizaram minuciosa perícia. Vários fardos de carne de charque, como também fígado alemão e outros alimentos, foram apreendidos. A representante da Vigilância Sanitária informou que todo material apreendido será incinerado.

Apresentação

Na semana passada, uma fábrica clandestina de linguiça, em Bayeux, foi fechada pela Polícia Civil e interditada pela Vigilância Sanitária e Secretaria Estadual de Agricultura. Segundo o delegado da Seccional de Bayeux, João Paulo Amazonas, a medida foi necessária por causa da precariedade no funcionamento, uso de material inadequado, corantes, temperos e outros aditivos para mascarar o mau cheiro da carne estragada que era utilizada no processo de fabricação da linguiça.

Na tarde de segunda-feira (2), o proprietário da fábrica clandestina se apresentou na 5a Delegacia Distrital de Polícia Civil. Marcos Aurélio Ferreira de Lima esteve acompanhado de seu advogado, mas permaneceu em silêncio durante o interrogatório. Ele é suspeito de comercializar carne estragada e armazenar o produto sem respeitar qualquer tipo de regra sanitária.

Marcos Aurélio apenas explicou, por meio de seu advogado, Alberdan Coelho, que não vai comentar a investigação neste momento, e que só deve se manifestar após ter acesso a todas as provas e a todos os dados periciais.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 04 de setembro de 2024.