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Docentes da UFCG aderem à greve

publicado: 11/06/2024 08h57, última modificação: 11/06/2024 08h57
Hoje, haverá reunião na Reitoria da universidade para reivindicar a suspensão do calendário e das matrículas
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Professores esperam ter a sua contraproposta avaliada | Fotos: Matheus Oliveira/AdufCG
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Paridade entre ativos e aposentados e recomposição orçamentária também são pautas | Fotos: Matheus Oliveira/AdufCG
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por Anderson Lima*

No mesmo ritmo das universidades e institutos federais do Brasil, os professores de todos os setes campus da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) decretaram greve por tempo indeterminado, desde a manhã de ontem. A decisão foi determinada no dia 6 de junho, em uma assembleia geral da Associação de Docentes (AdufCG), em adesão à greve nacional da educação federal, que já atinge 63 universidades. Além de Campina Grande, a UFCG tem campi em Cajazeiras, Cuité, Patos, Pombal, Sousa e Sumé. Os servidores técnico-administrativos pararam as atividades ainda no dia 11 de março.

A decisão sobre a deflagração da greve aconteceu após a diretora da AdufCG, Marinalva Villar, apresentar informes da greve nacional da educação, das tentativas de negociação dos docentes com o Governo Federal e das próximas atividades do Comando Nacional de Greve (CNG). Os professores, juntamente com os servidores técnico-administrativos, vão se reunir hoje, a partir das 8h, no portão principal da UFCG. Marinalva destacou que será um ato de vigília, visto que haverá uma nova reunião com o governo, no intuito de conseguir alguma negociação.

Na votação sobre a deflagração da greve, 81 professores dos campi de Campina Grande, Cuité, Sumé e Sousa votaram favoráveis à aprovação, enquanto 77 foram contrários. Na sexta-feira passada (7), foi formado o Comando Local de Greve, que será responsável pelo encaminhamento das atividades do movimento na UFCG. Os professores avaliam que o crescimento da paralisação, em todo o país, force o Governo Federal a retomar as negociações.

Professores e técnicos fazem hoje uma vigília em frente ao portão principal da UFCG, em nome da negociação

Contraproposta

Na contraproposta apresentada ao Governo Federal, os docentes reivindicam um reajuste salarial de 3,69% em 2024, equivalente ao IPCA calculado pelo Dieese até o mês de abril, além de 9% para janeiro de 2025 e 5,16% para maio de 2026 — como também a aplicação linear dos steps para a progressão na carreira docente.

Além disso, eles incluem a paridade entre professores ativos e aposentados, posicionamento no momento da aposentadoria e a recomposição do orçamento das instituições federais de ensino superior de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões, em 2024, e recomposição para os valores do ano de 2016 com aplicação da correção monetária.

Direitos
Movimento também reivindica a implantação de uma mesa permanente de negociação, para tratar assuntos da carreira

O movimento grevista também reivindica a implantação de uma mesa permanente de negociação para tratar assuntos da carreira e a revogação de inúmeros decretos, instruções normativas e portarias que são prejudiciais aos servidores públicos e que foram implantados durante o governo anterior.

De acordo com Marinalva Villar, hoje acontece uma reunião com a Reitoria da UFCG, para reivindicar a suspensão do calendário e das matrículas. “Vamos chamar o colegiado pleno para decidir as questões relacionadas ao calendário, pois as aulas já começariam na próxima segunda-feira (17). Então, agora vamos aguardar as próximas decisões, que já estão sendo sistematizadas pelo Comando Local de Greve”, completou.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 11 de maio de 2024.