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Em protesto parcial, motoristas de aplicativos paralisaram atividades

publicado: 16/05/2023 14h55, última modificação: 16/05/2023 14h55
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Categoria aderiu ao movimento nacional em busca de melhorias - Foto: Roberto Guedes
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Empresas ainda não se posicionaram sobre as paralisações - Foto: Roberto Guedes
2023.05.15_manifestação UBER_oscar campos © roberto guedes (3).JPG
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por José Alves*

Cerca de 500 motoristas de aplicativos das empresas Uber, 99 e outras, paralisaram as atividades de forma parcial ontem, em João Pessoa, em protesto pelo aumento das tarifas que, segundo eles, já estão defasadas desde 2016. Segundo um dos influenciadores e administrador de grupo de aplicativos na capital, Oscar Campos, “nossa principal reivindicação está sendo feita em nível nacional, em razão do aumento dos combustíveis e da manutenção de nossos veículos. Caso as empresas não atendam nossas reivindicações outras paralisações serão realizadas”, alertou

Ainda segundo Oscar Campos, a questão é que os aplicativos não trabalham mais com tarifas fixas e nem com tarifas pré-determinadas por quilômetro. “Atualmente, não temos uma previsibilidade dos ganhos quando estamos trabalhando. Queremos que seja cobrado R$ 2 por cada quilômetro rodado e uma tarifa mínima, ou seja, de uma corrida mínima ou de um cancelamento de viagem por R$ 10”, afirmou.

Atualmente, segundo, Oscar Campos, existem oito mil motoristas de aplicativos na Paraíba e todos estão de acordo com a demanda em prol dos reajustes das empresas dos aplicativos. “No início desse tipo de transporte, a gente tinha preço fixo na tarifa, mas atualmente não temos mais os valores das tarifas mínimas. Acredito que as empresas vão atender nossos pedidos, porque se eles não atenderem agora, faremos outras paralisações porque estamos mais unidos e mais fortes”, observou.

A tendência nacional, já que os protestos ocorreram em todo o país, é que a categoria siga exigindo as reivindicações. “Sou um dos administradores de um grupo de motoristas em João Pessoa, mas em todas as capitais temos grupos que ficam se comunicando diariamente. O ponto de encontro do nosso protesto foi o estacionamento do Estádio Almeidão, no bairro do Cristo e reuniu profissionais de praticamente todas as empresas de aplicativos”, explicou.

A paralisação teve início às 7h e, até às 12h, motoristas seguiram participando do protesto no estacionamento do Almeidão. A adesão não foi total, isto porque alguns seguiram aceitando as solicitações dos usuários.

Atualmente o valor mínimo das corridas é de R$ 5,87, mas a categoria reivindica R$ 10. O valor do quilômetro rodado, está em R$ 1,19, porém os motoristas querem o reajuste desse valor para R$ 2. Outra reivindicação é de um adicional por cada parada extra solicitada durante a corrida.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 16 de maio de 2023.