Considerada patrimônio cultural imaterial da Paraíba, a Rádio Tabajara completou no sábado (25), 88 anos de história. A comemoração organizada para o público interno aconteceu ontem, na sede da emissora, situada na avenida Dom Pedro II, na Torre. O evento reuniu funcionários da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC) para celebrar a longevidade da emissora na radiofonia do estado.
Entre os participantes estavam gestores da EPC como a diretora-presidente da empresa, Naná Garcez, o diretor de Rádio e TV, Rui Leitão e o gerente de Jornalismo da Rádio Tabajara, Marcos Thomaz. A comemoração contou com um coffee break e um vídeo com depoimentos de alguns membros da equipe da rádio.
Adaptação
Frente ao marco de 88 anos da emissora, a diretora-presidente da EPC celebra a capacidade adaptativa do veículo de comunicação, que se mantém relevante no cenário paraibano, graças à diversificação de iniciativas e à disposição para inovar. “Nós estamos fazendo o que a Tabajara sempre fez, sendo uma empresa resiliente, que se adapta ao seu contexto cultural, político e econômico. Praticamos a comunicação expandida porque não estamos limitados a uma única plataforma, estamos há muito tempo com um aplicativo, que você pode baixar no seu celular, e andar com a Tabajara por onde você quiser ou você pode nos ouvir pelos canais das redes sociais”.
Outro aspecto destacado por Naná é a sensibilidade ao público, que permite que a programação evolua de acordo com cada tempo e com as demandas de quem consome o conteúdo da rádio. “A gente fez e continuará fazendo adequações na nossa programação. Neste mês de janeiro, por exemplo, atendemos a uma demanda dos nossos ouvintes que é ter o comentário do resultado do futebol, ainda pela manhã; nós já tínhamos à noite, no Microfone Aberto, e essa mudança significa que a gente está alinhado com o que pensa o nosso ouvinte e o nosso público. Essa sensibilidade é que fez, e faz com que uma rádio chegue aos 88 anos: perceber o que o público quer ouvir, informar com qualidade, e ter a preocupação também de promover a cultura”.
Para a diretora-presidente da EPC, a diversidade musical, da programação, do conteúdo do veículo, também é prioridade da equipe. Segundo Naná, “poucas emissoras podem dizer que têm 35 programas diferentes, em vários estilos e em vários momentos”. “Poucas emissoras incorporam essa diversidade, agregando vários perfis da sociedade, grande audiência e cobertura no Esporte”, frisou
Ela destaca que a emissora é considerada patrimônio cultural imaterial da Paraíba, e tem a sua função histórica: “Por isso, tem o privilégio de ter, nas suas instalações, o Museu do Rádio Paraibano, onde é possível perceber, na linha do tempo, a evolução da radiofonia no estado da Paraíba, a partir de 1937 até os dias atuais, incluindo as rádios comunitárias que foram um fenômeno que veio muito depois”, observa Naná Garcez, que ressalta a valorização da memória promovida pela iniciativa.
Sintonia entre jornalismo, esporte e cultura
Já o gerente de Jornalismo do veículo, Marcos Thomaz, aproveitou a ocasião para referenciar os três pilares que a emissora valoriza em sua programação: o jornalismo, por meio da notícia, o Esporte e a Cultura, este último, sobretudo, por intermédio da música.
Além desses aspectos, ele aponta o desafio levado a cabo pela equipe de colocar a rádio sempre na vanguarda. “Viver a Tabajara é respeitar essa tradição, mas estar também inovando sempre, e fazendo mais”, observa.
O diretor de Rádio e TV da EPC, Rui Leitão, enumerou os pontos de destaque e credibilidade que fazem parte da presença da Tabajara no espaço midiático do estado. Ele mencionou que a fundação da emissora, há 88 anos, coincidiu com o ingresso da Paraíba no espaço radiofônico.
“Trabalhamos para que a Tabajara nunca perca a sua marca, de ser uma rádio respeitada, promotora e difusora da cultura paraibana. O veículo leva a notícia com responsabilidade, transmitindo os eventos esportivos, a boa música e oferecendo espaço para que os novos intérpretes e compositores tenham a oportunidade de apresentar os seus trabalhos, o que nem sempre é possível nas emissoras da iniciativa privada”, completa.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 28 de janeiro de 2025.