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Governo anuncia suspensão do racionamento em CG e mais 18 cidades

publicado: 09/08/2017 00h05, última modificação: 08/08/2017 23h03
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O anúncio da suspensão do racionamento na região da Borborema foi feito pelo secretário de recursos hídricos do Estado, João Azevedo - Foto: Claudio Goes

tags: governo da paraíba , joão azevedo , fim do racionamento , campina grande , açude de boqueirão , j


Chico José

O racionamento de água em Campina Grande e mais 18 cidades do Compartimento da Borborema será suspenso no dia 26 deste mês. O anúncio foi feito na manhã dessa terça (8) em Campina Grande, durante conferência de imprensa na sede regional da Cagepa, pelo secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Azevedo, e pelo diretor-presidente da estatal de saneamento, Hélio Cunha Lima. O abastecimento dessas cidades é de responsabilidade do Açude Presidente Epitácio Pessoa, localizado no município de Boqueirão, que desde março recebe água da transposição do Rio São Francisco.

De acordo com o secretário João Azevedo, houve uma busca constante para que não houvesse colapso e foi o racionamento que possibilitou isso. “Passamos por um momento difícil, mas chegaremos ao nosso objetivo em poucos dias, e a partir de 26 de agosto toda essa área sairá do racionamento”, afirmou. “É importante dizer que a nossa meta, a partir da chegada das águas do São Francisco na região de Campina, era fazer com que a cidade saísse do racionamento prolongado. Agora nós podemos anunciar, depois de muito trabalho que realizamos, que Campina e toda a região voltarão a ter o abastecimento normal. Isso trará um impacto direto na rotina das famílias. A partir de amanhã (quarta-feira, dia 9), a Cagepa já começa a tomar as providencias para que até o dia 26 de agosto esse processo comece a acontecer”, assegurou o secretário João Azevêdo.

Já o diretor-presidente da Cagepa, Hélio Cunha Lima, explicou que, até o dia 26 de agosto, o Açude de Boqueirão estará acumulando seus 32 milhões de metros cúbicos. Nessa marca, o reservatório sairá do volume morto e terá as condições para abastecer Campina Grande sem racionamento.

Desvio de água

Cunha Lima também anunciou que a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) da Paraíba vai deflagrar o processo de fiscalização do desvio de água da transposição no leito do Rio Paraíba, para que o Açude de Boqueirão possa receber uma maior quantidade de água. Os primeiros 120 km entre Monteiro e Boqueirão serão de responsabilidade da Aesa. Os 30 km que já fazem parte da bacia do Açude serão monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA), já que o reservatório pertence ao Governo Federal.

Os problemas relacionados ao abastecimento de água de Campina Grande e mais 18 cidades que dependem exclusivamente do Açude de Boqueirão começaram desde 2014, com a redução do volume do manancial em decorrência de seis anos de estiagem.

Com a conclusão do Eixo Leste da transposição do Rio São Francisco, em março deste ano, as águas começaram a abastecer o reservatório. Desde março de 2017, a Agência de Gestão das Águas da Paraíba previa o fim do racionamento para meados de julho. Mas a redução da vazão da água da transposição do rio São Francisco dificultou o fim do racionamento. Ontem, o Açude amanheceu com 7,89% de sua capacidade total de armazenamento, que ultrapassa os 411 milhões de metros cúbicos.

Mais de 700 mil pessoas serão impactadas com o fim do racionamento nos municípios de Campina Grande, Lagoa Seca, São Sebastião de Lagoa de Roça, Pocinhos, Queimadas, Barra de Santana, Caturité, Boqueirão, Boa Vista, Soledade, Cabaceiras, Juazeirinho, Cubati, Pedra Lavrada, Olivedos, São Vicente do Seridó, além dos distritos de Seridó, Galante e São da Mata.