As visitas no Hospital Pedro I, em Campina Grande estão suspensas. A decisão foi anunciada ontem, depois da constatação do aumento dos casos de Covid-19 na cidade, para evitar o contágio em pessoas internadas. Além disso, a direção volta a ampliar o número de leitos para pacientes. A unidade está com nove pacientes internados, sendo um deles em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Em dezembro, do dia 10 a 26, a cidade contabilizou 79 casos confirmados. Em novembro foram apenas seis, alta de 1.216%. Em outubro, eram apenas quatro casos.
Nas primeiras semanas de dezembro, conforme a Secretaria de Saúde do Município, estava sendo feita uma média de 18 testes a cada sete dias. Na última semana, esse número subiu para uma média de 80.
O diretor médico do hospital, Vitor Nobre, informou que os pacientes internados no Pedro I com o coronavírus necessitaram ser internados já que apresentaram outros agravantes associados, como comorbidades ou doenças de base. “É uma nova onda da doença, o que é comum na evolução dos vírus respiratórios, mas se trata de uma subvariante da Ômicron, então as pessoas que estão imunizadas tendem a apresentar sintomatologia leve. É preciso tranquilizar a população e orientar a adoção de medidas como higienização das mãos, e o uso de máscara, caso esteja com sintomas”, declarou.
Uso de máscara
Além dessas medidas, no final de 2023, a Vigilância em Saúde do Município já havia emitido uma circular orientando o uso de máscaras nas unidades hospitalares. Contudo, a Secretaria de Saúde do Município destacou que a ação mais importante é a vacinação. A cobertura vacinal está abaixo de 20% na cidade.
O imunizante está disponível em todas as salas de vacina, no Terminal de Integração e no ponto do Natal Imunizado. A vacina bivalente está sendo ofertada para todas as pessoas a partir de 18 anos de idade e o reforço da bivalente para imunossuprimidos e idosos.
Na circular emitida no final de dezembro, a vigilância deu as seguintes orientações: procurar os serviços de saúde após o terceiro dia de sintomas persistentes; o uso de máscaras e higienização de mãos e rosto a partir do momento em que for sintomático; utilizar máscaras até o terceiro dia após o término dos sintomas; se sintomático, utilizar máscaras ao deslocar-se para locais com aglomerações; procurar as UPAs quando houver persistência dos sintomas após medicação e repouso.
Pedro I
O Hospital Municipal Pedro I é a maior referência na região para atendimento a pessoas com Covid-19. Além dele, há o Hospital Municipal Dr. Edgley e as duas Unidades de Pronto Atendimento que recebem adultos.
O Hospital da Criança e do Adolescente é a referência para pessoas até 14 anos e o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) para gestantes. No Centro de Saúde Francisco Pinto, nos distritos e nas unidades do Complexo Aluízio Campos também é realizada a testagem.
Saiba Mais
Na Paraíba, conforme boletim epidemiológico divulgado essa semana pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), o mês de dezembro encerrou com um total de 3.594 casos confirmados da Covid-19, um salto de 551% em relação aos casos positivos registrados em novembro, que teve 552 casos confirmados. O ano de 2023 foi encerrado com 9.609 casos confirmados da doença pandêmica no estado. Ainda de acordo com o boletim epidemiológico, até o dia 30 de dezembro observou-se uma predominância da doença na faixa etária acima de 40 anos nos casos confirmados com 58,91%. A maior parte dos casos, considerando as regiões, foram em João Pessoa (28,22%), Campina Grande (10,20%) e Bayeux (6,42%).
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 05 de janeiro de 2024.