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Torcedores lotaram bares e shoppings e acompanharam a partida que garantiu o Brasil nas oitavas de final

João Pessoa parou para assistir ao segundo jogo da Seleção Brasileira no Qatar

publicado: 29/11/2022 12h43, última modificação: 29/12/2022 15h05
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As cores da Seleção Brasileira estavam por todos os lados, e a animação tomou conta da torcida dentro dos estabelecimentos - Foto: Foto: Edson Matos

por Laura Luna*

 

João Pessoa parou para acompanhar o segundo jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Qatar. A partida contra a forte Seleção Suíça foi acompanhada de perto por torcedores que lotaram bares e shoppings de João Pessoa. Se as ruas, momentos antes da partida, estavam cheias com congestionamento em vários pontos, durante o jogo o trânsito se assemelhava ao de um domingo ou feriado.

Em um tradicional bar da Zona Sul da cidade, faltou mesa e cadeira para tantos torcedores. As cores da Seleção estavam por todos os lados e a animação também. O proprietário Josildo de Sousa precisou reforçar a equipe. Mais garçons, mais cozinheiros e claro, mais comida e bebida para dar conta do recado. “É tradição já e todos que estão aqui são clientes, só que vieram todos de uma vez, só por isso tá assim tão cheio”, comemorou.

Quando a bola começou a rolar, às 13h, as atenções se voltaram para o telão. Olhos e ouvidos atentos. O calor da tarde se misturou ao calor da torcida, mas a professora Georgiana Coelho, com as amigas, estava preparada, com um leque na mão e um palpite na ponta da língua. “Vitória para o Brasil. O bar aqui é pé quente, nós fizemos um bolão e minha aposta é que a gente vence”, assegurou a torcedora que destacou o prêmio em questão. “Um petisco aqui do bar”.

Já a publicitária Juliana Rodrigues, que também estava acompanhada de amigas, foi mais cuidadosa no comentário. “Vai ser apertado, a Suíça é uma boa Seleção”. Ainda nos primeiros minutos do jogo ela fez questão de arriscar um palpite. “O Brasil faz um gol com Vinícius Júnior, porque Richarlison tá muito marcado”. Enquanto falava com a reportagem de A União, aos 26 minutos da partida, o Brasil ataca e a chance de gol agita o lugar.

Quem também aproveitou para colocar as vendas em dia foi Luciana Lopes, que se valeu do movimento para comercializar castanha, amendoim e ovo de codorna. Enquanto oferecia os produtos, a ambulante que há 10 anos comercializa os quitutes na região, também torcia. “É a nossa Seleção e a gente quer que ganhe. No primeiro jogo também vim pra cá e vendi tudo, parece que as pessoas se animam e compram mais quando a gente ganha”. O primeiro tempo encerrou sem maiores investidas da Seleção Canarinho, tendo a primeira finalização ocorrido aos 26 minutos, com Raphinha lançando para Vinícius Júnior que chutou fácil para a defesa de Sommer. Aos 30 minutos, Raphinha arriscou de longe sem oferecer perigo.

Mas a Seleção Brasileira veio outra no segundo tempo e em um shopping na orla da capital a torcida percebeu a diferença, empurrando o time a cada investida. Nas telas espalhadas pelo corredor da praça de alimentação e no telão, centralizado no local, centenas de torcedores vibravam a cada lance. Mas teve também quem não desejasse a vitória do Brasil. Kelly Cristina que acompanhava a partida com um grupo de amigas, explicou e defendeu o ponto de vista. “Vou ganhar R$ 250 em um bolão, com o empate. A Seleção Brasileira empata contra a Suíça e na próxima sexta eu venho acompanhar a vitória do Brasil contra Camarões com R$ 250 no bolso”, sugere em meio a risos.

Apostas à parte, susto da Suíça aos 52 minutos, mas nada que fizesse Otávio Lira desanimar. Ao lado do filho, Augusto, o empresário disse estar confiante na vitória brasileira. “Fácil não é, mas é certa”. O filho concordou e arriscou um palpite. “Vai ser 1 x 0 pro Brasil. A Suíça é uma ótima equipe, mas não ganha da gente”, afirmou com segurança o adolescente de 15 anos.
E em meio às investidas da equipe de Tite, gol de Vinícius Júnior aos 56 minutos. O grito da torcida aos 18 do segundo tempo foi calado pelo VAR, com auxílio do impedimento semiautomático. A comemoração válida chegou aos 37 do segundo tempo com o gol de Casemiro. Uma vitória enxuta mas muito comemorada. Que o diga Amaro Cândido, que acompanhou a partida ao lado da família. Aos 93 anos, o aposentado que tinha nascido quando o Mundial começou, em 1930, gostou do que viu e fez questão de opinar sobre a ausência de um dos principais nomes da equipe. “O Brasil jogou muito bem, mas senti falta de Neymar amarrando as jogadas. Ainda assim a Seleção foi muito bem e vai longe”. 

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 29 de novembro de 2022.