R$ 116 milhões. Este é o montante em bens do padre Egídio de Carvalho Neto que foi bloqueado por determinação do juiz José Guedes Cavalcanti, da Quarta Vara Criminal de João Pessoa. A decisão do magistrado também atinge as ex-diretoras do hospital, Amanda Duarte e Jannyne Dantas.
Os três tiveram as prisões preventivas decretadas pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, sendo que o sacerdote está no Presídio Especial no bairro do Valentina Figueiredo; Jannyne cumpre a determinação judicial no Presídio Júlia Maranhão, enquanto que Amanda foi beneficiada com a prisão domiciliar por ainda estar amamentando um bebê de quatro meses.
A prisão do três ocorreu após investigação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba. Os ex-diretores do Hospital Padre Zé já tentaram a liberdade, no entanto, não obtiveram êxito, inclusive a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça marcou para fevereiro o julgamento do pedido de habeas corpus para o padre Egídio.
Durante a Operação Indignus, realizada pelo Gaeco, descobriu-se desvios milionários dos ex-diretores que chegam a R$ 140 milhões. Com a decisão judicial de bloquear os bens do trio, caso o patrimônio seja vendido o dinheiro deverá ser revertido para a unidade hospitalar.
Todo o esquema criminoso descoberto começou a partir da divulgação do suposto desaparecimento de celulares e equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal, que deveriam ser leiloados em prol do hospital.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 19 de dezembro de 2023.