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Tartarugas-marinhas

Litoral da PB registra 12 mil filhotes

publicado: 14/05/2024 08h18, última modificação: 14/05/2024 08h18
Número de nascimentos se refere ao período que vai de dezembro do ano passado até o dia 10 de maio
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Nesta temporada, Associação Guajiru já contabiliza mais de 250 ninhos | Foto: Laís Moreira/Divulgação

Mais de 12 mil filhotes de tartarugas-marinhas nasceram no Litoral da Paraíba e foram soltas ao mar, no período de dezembro de 2023 até 10 de maio deste ano. O dado é da Associação Guajiru, que atua há mais de 20 anos nas praias paraibanas com ações de educação ambiental e proteção das tartarugas marinhas. Os filhotes são da espécie tartaruga-de-pente, a mais comum no litoral paraibano.

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O Projeto Tartarugas Urbanas é um dos trabalhos da Associação Guajiru. A ONG atua ainda com atividades de educação ambiental, como palestras para escolas, participação em eventos científicos e sociais, como o Limpamar e a Semana Oceânica, e iniciativas de preservação às praias realizadas em parceria com entes públicos e empresas privadas, como o Pró-Restinga.

O nascimento das tartarugas é realizado por cerca de 80 voluntários, que monitoram o litoral paraibano. Por se tratar de ninhos localizados em praias urbanas, com exceção de alguns trechos que não possuem o impacto da fotopoluição, como o Litoral Norte, os filhotes precisam desse apoio para chegar ao mar em segurança. “A liberação das tartarugas é realizada pelos voluntários três ou quatro dias após a eclosão dos ovos, a depender da evolução e subida dos filhotes até a superfície da areia. Em áreas sem a fotopoluição, os filhotes realizam o processo de saída sozinhos, naturalmente”, explicou a bióloga e vice-presidente da Associação Guajiru, Juliana Galvão.

A temporada de desova das tartarugas-marinhas que chegam ao Litoral da Paraíba normalmente acontece entre os meses de novembro a maio, sendo a maior parte dos ninhos localizada na Praia de Intermares, no município de Cabedelo, região Metropolitana da capital.

Nesta temporada, a Associação Guajiru já contabiliza mais de 250 ninhos nas áreas monitoradas pelos voluntários. Ao identificar os ninhos, o local é cercado e sinalizado para que o acompanhamento do desenvolvimento dos filhotes seja feito com segurança, como explica Juliana Galvão. “A necessidade de cercar o ninho tem o objetivo de sinalizar o local onde os ovos estão, a fim de protegê-los da compactação da areia pelo pisoteio e tráfego de veículos. Desta forma, a população também pode ajudar na conservação da espécie, fiscalizando os ninhos contra o vandalismo ou predação”, disse.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 14 maio de 2024.