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Paraíba e Reino Unido desenvolvem apps para combater dengue, zika e chikungunya

publicado: 08/02/2017 00h05, última modificação: 08/02/2017 00h49
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Projeto prevê o desenvolvimento de aplicativos que deverão contribuir para evitar a proliferação do Aedes Aegypti - Foto: Flickr/AFPMB

tags: governo da paraíba , fapesq , aplicativo , zika , conselho britânico


Uma parceria entre a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq) e o Conselho Britânico está possibilitando que pesquisadores da Paraíba e do Reino Unido desenvolvam e avaliem estratégias interdisciplinares, baseadas em aprendizagem móvel, para compartilhar informações e promover o engajamento da sociedade na prevenção e controle de doenças causadas por arbovírus, como a zika, dengue e chikungunya. 

Os pesquisadores paraibanos e britânicos estão trabalhando no projeto "Mobile learning impact on the prevention and managing of complications caused by arbovirus” (Impacto da aprendizagem móvel na prevenção e gestão de complicações causadas por arbovírus), que foi selecionado no Edital Institutional Links 2016-2017 - Zika Virus. Estão previstos recursos da ordem de 98 mil libras, sendo 50% dos recursos do Conselho Britânico e 50% de recursos do Governo do Estado da Paraíba.

O projeto prevê o desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis e uma plataforma Web para formação profissional em saúde, informação e mobilização de comunidades escolares (pais e estudantes), bem como para melhorar a comunicação em vigilância em saúde junto aos órgãos governamentais e organizações internacionais na área de saúde.

De acordo com a coordenadora do projeto na Paraíba, Silvana Cristina dos Santos, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, para o pleno êxito da pesquisa, é necessário criar condições para a reflexão da população sobre seu ambiente, saúde e papel na comunidade, viabilizando mudanças reais de crenças e práticas sociais. “As tecnologias móveis podem aproximar e conectar os aprendizes, facilitando a aprendizagem, viabilizando a interlocução e trabalho colaborativo entre diferentes e fundamentais setores de nossa sociedade: organizações governamentais, instituições educativas (escolas e universidades) e população geral”, disse.

Os resultados do estudo terão impacto sobre as práticas da população em relação ao seu ambiente urbano e promoção da saúde, refletindo diretamente sobre o surto de zika, dengue e chikungunya. As soluções tecnológicas e processos originados desta proposta podem atingir um grande número de usuários de dispositivos móveis e terão como foco inicial os estados da Paraíba e Pernambuco. São usuários potenciais nestes estados: 40 mil futuros professores e profissionais de saúde nas universidades, 200 mil estudantes no Ensino Médio e 20 mil profissionais de saúde e educação dos serviços públicos.

O projeto tem como proponentes o professor doutor John Traxler, da University of Wolverhampton (Reino Unido), e a professora doutora Silvana Cristina dos Santos, da Universidade Estadual da Paraíba (Brasil). O trabalho será executado por meio de uma cooperação de 24 meses considerando, principalmente, a expertise do grupo britânico referente à aprendizagem móvel, da equipe de pesquisadores da UEPB em relação à genética humana e programas de saúde, e do grupo de pesquisa em TIC para Educação em saúde do LIKA (Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami), coordenado pela professora doutora Rosalie Belian, da Universidade Federal de Pernambuco. Outros importantes parceiros e colaboradores também participarão das ações do projeto, como: o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), a Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba e o Centro de Estudos do Genoma Humano e Células Tronco da Universidade de São Paulo.