Na Paraíba, há 41 municípios com bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba (Iphaep), os quais traduzem a história e a cultura de um povo, preservando a memória para as futuras gerações. Para fomentar parcerias entre o Poder Público e a iniciativa privada, no sentido da preservação desse patrimônio, o Iphaep, juntamente com a Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba (Secult), realiza, até amanhã, o I Encontro Paraibano de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural. O evento está acontecendo no Teatro Sesc Centro de Cultura, Arte e Esporte da Fecomércio, em João Pessoa, a partir das 8h.
De acordo com Tânia Nóbrega, diretora-executiva do Iphaep, a missão do instituto é não somente preservar o patrimônio histórico, mas traçar novos caminhos em direção ao futuro, com destaque para a importância das parcerias entre as iniciativas públicas e privadas. “Sabemos que a preservação do nosso patrimônio é uma tarefa colossal, que exige recursos, expertise e, principalmente, compromisso. É por meio dessas parcerias que conseguimos potencializar esforços, somar habilidades e, juntos, garantir que a nossa herança cultural continue viva para as futuras gerações”, disse.
O presidente do Mercadão Centro São Paulo, Aldo Bonametti, ministrou uma palestra sobre as experiências exitosas da parceria público-privada a partir do modelo de concessão administrativa. “O mercado municipal é uma obra arquitetônica muito complexa e bonita, mas fazia 20 anos que não passava por manutenção. Depois de reformas, o equipamento ficou mais agradável, convidativo e seguro. Apresentar essa experiência de sucesso ao Iphaep é gratificante, já que o fortalecimento de parcerias é uma tendência de governança”, observou.
Transformação
Para o presidente da PBTur, Ferdinando Lucena, o evento acontece em momento muito oportuno, pois, segundo ele, a Paraíba vivencia a sua melhor fase no turismo. “O nosso estado é um dos mais antigos do Brasil. Então, as ações de preservação do patrimônio histórico-cultural são fundamentais para que o turismo consiga mostrar a memória do seu povo”, pontuou.
Atrativos
Encontro, que acontece até amanhã, conta com palestras, exposição de casos de sucesso, apresentações culturais, experiências CasaCor, oficinas e debates, entre outros
Já o representante da Secult, Joálisson Cunha, fez uma reflexão sobre o conceito de patrimônio, por ser um processo de transformação constante. “É algo muito valoroso, que vai além das edificações e da pintura das paredes. É possível percebê-lo nas tradições e nos grupos, que, assim como a cultura, estão sempre em construção. Portanto, é necessário ter sensibilidade sobre o que é importante preservar, a partir da coletividade”, frisou.
Além de palestras, o encontro conta com apresentações culturais, exposição de casos de sucesso, experiências CasaCor, oficinas, desenho urbano e debate sobre a Periferia Viva na Comunidade Ribeirinha do Porto do Capim.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa no dia 16 de agosto de 2024.