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divulgação do IDEB

PB avança no Ensino Fundamental

publicado: 15/08/2024 08h54, última modificação: 15/08/2024 08h54
Nota alcançada pelo estado subiu de 5,4, em 2021, para 5,7, no ano passado, representando avanço de 5,56%
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Publicado a cada dois anos, Ideb é o principal indicador de qualidade da educação básica, tanto pública quanto privada, no Brasil | Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Foto: Daniel Medeiros/Secom-PB
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por Priscila Perez*

A Paraíba está entre os estados nordestinos que mais progrediram no Ensino Fundamental — Anos Iniciais, que atende estudantes de seis a 10 anos de idade. De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023, divulgado ontem, pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a nota alcançada pelo estado subiu de 5,4, em 2021, para 5,7, no ano passado, representando um avanço de 5,56%. Já no âmbito estadual, a nota passou de 5,1 para 5,2, nesse mesmo período. Com esse desempenho, a Paraíba também se aproximou do Ideb nacional, que alcançou a nota 6, em 2023.

No Nordeste, o estado ocupa a quarta posição, ao lado de Pernambuco, ficando atrás apenas do Ceará (6,6), de Alagoas (6) e do Piauí (5,9), em termos de educação básica. A média da região, por sua vez, é de 5,2. Vale lembrar que esse é um dos momentos mais importantes da trajetória escolar, por envolver a alfabetização do estudante do 1o ao 5o ano. Enquanto isso, no Ensino Fundamental — Anos Finais, que engloba alunos de 11 a 14 anos, houve uma leve queda, em relação a 2021, passando de 4,8 para 4,5 — mas o estado ainda se manteve próximo da média nacional, que é 5.

Segundo o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Moreno, variações como essas eram esperadas devido ao impacto da pandemia no ensino, em todo o país. Inclusive, ele explicou que houve uma distorção na taxa de aprovação do Ideb, que foi recorde, em 2020, em razão dos desafios educacionais enfrentados durante o período. Na época, a orientação do Conselho Nacional de Educação (CNE) era aprovar os alunos, mesmo com dificuldades de aprendizagem, o que acabou influenciando o Ideb de 2021.

No Ensino Médio, a Paraíba permaneceu estável, com 4 pontos, em 2023 — mesmo índice registrado em 2019, antes da pandemia. Já Maranhão e Rio Grande do Norte são os estados nordestinos com as menores notas na região, com Ideb de 3,8 e 3,7, respectivamente. A média nacional ficou em 4,3, o que, segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, ressalta o grande desafio que o Brasil enfrenta nessa etapa, marcada por altas taxas de abandono e evasão escolar. De acordo com o MEC, nenhum estado alcançou a meta de 5,2, traçada em 2021. “O desafio é não perder quem entra na escola. Perdemos 30% dos estudantes no Ensino Médio. Por isso, precisamos garantir equidade e inclusão de regiões mais distantes, principalmente as mais pobres”, disse.

Moreno concordou: o Ensino Médio é o principal ponto de atenção, em todo o país. “O que os dados do Ideb nos mostram é que há uma grande variação, entre as regiões, no acesso à escola e no avanço da educação, e que essas desigualdades tendem a aumentar ainda mais com o passar dos anos na escola”, destacou o especialista.

Entenda

O Ideb é o principal indicador de qualidade da educação básica, tanto pública quanto privada, no Brasil. Publicado a cada dois anos, o índice é calculado com base em dois componentes essenciais: a taxa de aprovação e o desempenho dos alunos nas provas de matemática e de português do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A nota final, produto desses dois fatores, varia de 0 a 10, e serve de alerta para os gestores educacionais, indicando se o ensino está progredindo ou piorando.

Durante a apresentação do relatório, o ministro Camilo Santana reforçou a importância do Ideb para o futuro dos estudantes. “Não há nenhuma política pública que tenha êxito sem ter metas, objetivos, planejamento e estratégica”, disse.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa no dia 15 de agosto de 2024.